fonte: CIPE

A Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE) convida a todos os hospitais e clínicas do país a aderirem ao XIII Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, marcado para o primeiro sábado de maio de 2019, dia 4.

Os serviços interessados em aderir ao Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança 2019 podem obter mais informações e fazer sua inscrição na CIPE, por meio do e-mail secretaria@cipe.org.br ou pelo telefone 11 3814-6947, no período da tarde.

“Mais uma vez a entidade procura sensibilizar a direção dos serviços de cirurgia pediátrica do país visando abreviar o tempo de espera por cirurgias de crianças e adolescentes, sobretudo nos hospitais públicos, que em algumas localidades pode chegar a meses”, declara o presidente da CIPE, João Vicente Bassols.

Em alguns estados, além das deficiências quanto ao número de leitos hospitalares, há carência de cirurgiões pediátricos, com dois ou três, que atuam somente em hospitais da capital. Por sua formação – após obter o diploma universitário, o médico deve realizar especialização de dois anos em cirurgia geral e de mais três em cirurgia pediátrica, para, depois, se submeter a um exame, de forma a obter o título de especialista em cirurgia pediátrica pela CIPE –, esses profissionais reúnem os requisitos ideais, do ponto de vista técnico, para o at endimento do paciente cirúrgico infantil.

Os procedimentos ambulatoriais – para retirada de cistos, cirurgias de hérnia, de fimose e de testículos fora de lugar e de casos mais simples de hipospadia (uma anomalia congênita, em que o orifício uretral masculino se apresenta em local incorreto) – são os mais frequentes nesses mutirões, por serem de curta duração e geralmente não requerer a internação do paciente. Após o procedimento, este permanece, em geral, apenas por algumas horas no hospital, em observação, e recebe alta no mesmo dia. Posteriormente retornará ao serviço para curativos e novas avaliações.

Qualidade de vida

Com essa iniciativa, a CIPE procura restabelecer a qualidade de vida dessas crianças em menor tempo e permitir que também as cirurgias de média e alta complexidade, que exigem internação, possam ser realizadas em prazos menores.

Mas, um mutirão dessa natureza não envolve apenas os cirurgiões pediátricos voluntários; requer a adesão de anestesiologistas, enfermeiros, atendentes, do corpo administrativo e o comprometimento da direção do hospital. Além disso, antes da data do mutirão, as crianças e os adolescentes com indicação cirúrgica selecionados deverão passar por consulta e realizar os exames pré-operatórios.

Desde 2007, quando a CIPE realizou o primeiro mutirão nacional, milhares de crianças foram beneficiadas. O presidente da entidade destaca que todas as edições primaram pela segurança dos pacientes, sem registro de intercorrências, resultado que a CIPE espera que se repita também neste ano.

A associação está entrando em contato com os hospitais participantes das edições anteriores. Além desses, pretende envolver outros profissionais e unidades hospitalares públicas e privadas, Santas Casas e demais entidades filantrópicas, bem como os órgãos públicos de saúde, cuja colaboração é muito importante para o sucesso dessa ação social.

A CIPE também espera a ampliação do apoio da iniciativa privada, por meio da doação de medicamentos, material cirúrgico e lanches para os pacientes, entre outros itens.