Com faixas e cartazes, alguns com fotografias que
denunciavam a superlotação das unidades
e as péssimas condições de
trabalho, os médicos protestaram contra a
falta de concurso público, de salários
dignos, de um plano de cargos, carreira e vencimentos
e de um atendimento de qualidade à população,
repudiando a terceirização de hospitais
e universidades. A categoria também reivindicou
condições adequadas de trabalho, valorização
da residência e ensino qualificado.
O presidente do CREMERJ, Sidnei Ferreira, criticou
a ausência de um planejamento para a saúde
por parte do governo federal. Segundo ele, no Rio
de Janeiro, há uma grande carência
de leitos de UTI, de mais de uma centena por dia.
“Apesar disso, o que vemos é o governo
fechando leitos, serviços e hospitais, e
isso acontece nas três esferas. Já
nos reunimos com o secretário de Saúde
do município, estado, com o coordenador do
Nerj e com o ministro da Saúde, mas ainda
não nos apresentaram uma solução.
Temos várias ações na Justiça
e denúncias nos Ministérios Públicos.
Não há controle social dos gastos,
e o médico não é culpado pelo
caos que está a saúde, pelo contrário,
sofre com a população”, disse
Sidnei, que ainda afirmou que o ato público
oficializou a agenda de lutas deste ano do movimento
em defesa da saúde.
Sidnei Ferreira também repudiou a abertura
indiscriminada de escolas de medicina e citou a
importância de se investir na residência
médica.
O ato público contou com a presença
do vice-presidente do Conselho Federal de Medicina
(CFM), Aloísio Tibiriçá –
também conselheiro do CREMERJ –; da
coordenadora da Comissão de Saúde
Suplementar do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo;
da presidente da Associação Nacional
dos Médicos Residentes (ANMR), Beatriz Costa;
do presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze; do presidente
da Associação de Médicos Residentes
do Estado do Rio de Janeiro (Amererj), Diego Puccini;
do presidente da Associação Médica
do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), José
Ramon Blanco; de membros das sociedades de especialidade;
do vereador e membro da Comissão de Saúde
da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Paulo
Pinheiro; do deputado estadual Paulo Ramos; e de
representantes de outras entidades de classe, como
de odontologia e enfermagem, e estudantis