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fonte:
Agência Brasil
Médicos do Rio de Janeiro
participaram no dia 25 de outubro do protesto nacional
da categoria contra as más condições
de assistência, a falta de recursos e os baixos
salários oferecidos no Sistema Único
de Saúde (SUS). No fim da manhã, com
apoio de um carro de som, um grupo de profissionais
ocupou as escadarias da Assembleia Legislativa do
Rio (Alerj), no Centro, para pedir a atenção
da população e das autoridades. |
Entre
as principais reivindicações da categoria,
segundo a presidente do Conselho Regional de Medicina
do Estado do Rio (Cremerj), Márcia Rosa de
Araújo, estão a convocação
imediata dos aprovados em concursos públicos
ainda válidos, a realização de
novos concursos com salário de R$ 9.188,72
- piso defendido pela Federação Nacional
dos Médicos - e um aumento da tabela de repasse
do SUS aos hospitais conveniados.
Ela considera “inaceitável”
que o setor não seja beneficiado pelo crescimento
econômico que o país vive nos últimos
anos. Segundo Márcia, se nada for feito para
melhorar as condições de trabalho e
a remuneração dos médicos, a
tendência é que os atendimentos prestados
se tornem cada vez piores e mais distantes das necessidades
da população.
“A situação é
muito grave. Quando o paciente encontra o médico
[na rede pública de saúde], não
encontra o tomógrafo. Quando encontra o tomógrafo,
não encontra o médico”, assinalou
Márcia. “Se a situação
não mudar, isso vai piorar. Com concursos que
preveem salários, em algumas prefeituras, em
torno de R$ 1 mil, os médicos não vão
se submeter e as peregrinações de pacientes
vão aumentar.”
Ainda de acordo com a presidente
do Cremerj, por falta de incentivos à carreira
no setor público, algumas especialidades apresentam
déficit de profissionais, como pediatria, clínica
médica e ortopedia.
Diferentemente dos protestos em outros
estados, onde a categoria decidiu suspender os atendimentos
eletivos hoje, no Rio de Janeiro não houve
alteração nos serviços prestados
nas unidades de saúde das redes municipal de
estadual.
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