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19.07.2011
O bilionário da saúde

Edson de Gody Bueno

fonte: Exame

Agressivo na hora de comprar e dono de um estilo peculiar de gestão, o brasileiro Edson de Godoy Bueno se tornou um dos maiores empresários de saúde do mundo

Os preparativos para a assinatura de um negócio de Fusão ou aquisição costumam demorar muitas horas — quase sempre sem pausa para descanso ou mesmo para uma refeição. Quando o contrato é finalmente fechado, resta pouca energia para algo além de um tradicional aperto de mãos e um brinde com champanhe. Na madrugada do dia 30 de agosto de 2010, uma sala de reuniões num prédio da avenida Brigadeiro Faria Lima, novo centro financeiro de São Paulo, foi palco de um desfecho diferente. Por exaustivas e ininterruptas 14 horas, um grupo de quase 20 executivos, advogados e assessores negociaram ali a união da holding de empresas de diagnósticos MD1, do empresário Edson de Godoy Bueno, com a Dasa, maior rede de laboratórios da América Latina. Após assinar o termo de entendimento que o tornava o maior acionista individual do laboratório, Bueno se levantou e disse: “Eu quero te dar um beijo no coração!” A declaração foi dirigida ao executivo Luís Terepins, presidente do conselho de administração da Dasa. Para espanto de alguns dos presentes, Bueno não ficou só no discurso: aproximou-se de Terepins e literalmente lhe tascou um beijo no peito.

Quem conhece Edson Bueno de outras negociações sabe que o beijo é uma maneira toda particular — e por vezes desconcertante — de expressar sua satisfação com os resultados. Um beijo na testa é sua manifestação mais corriqueira. Um beijo na altura do peito, segundo os versados nessa linguagem, representa a satisfação máxima. No caso do negócio com a Dasa, ele tinha muito a comemorar. Dono da maior operadora de plano de saúde do país, a Amil, Bueno comprara o controle do laboratório carioca Sérgio Franco, que deu origem à MD1, havia apenas uma década. Com faturamento de 400 milhões de reais por ano, a MD1 tem um terço do tamanho da Dasa. Ainda assim, ofereceu em troca algo que a líder não conseguiria de outra maneira — a dominância no mercado carioca, o segundo do país, com cerca de 30% de participação. No arranjo final, Bueno ficou com 26,3% da Dasa, que tem 73,7% de seus papéis negociados livremente no mercado. Mais do que uma posição privilegiada nesse segmento, o passo o tornou o maior consolidador de serviços de saúde no Brasil. Em conjunto, todas as empresas em que investe — a Amil, a Dasa e a rede de hospitais Total Care — faturaram cerca de 10,5 bilhões de reais em 2010. De janeiro a setembro do ano passado, a Amil e a Dasa lucraram, juntas, 300 milhões de reais. Para tomar esse porte, Bueno empreendeu 15 aquisições nos últimos três anos, desembolsando 2,1 bilhões de reais — o dobro dos investimentos da Bradesco Saúde, segunda maior prestadora de serviços de saúde do país, no mesmo período. Sua maior investida foi a compra da Medial, em dezembro de 2009, por 1,2 bilhão de reais. Numa conta conservadora, a fortuna pessoal de Edson Bueno chega a 6 bilhões de reais. “Se alguém no setor de saúde preferisse ter o Bueno como concorrente em vez de sócio, eu questionaria a decisão”, diz Pedro Cerize, gestor do fundo Skopos, que detém 9% das ações da Dasa.

Na última década, o setor de saúde privada cresceu a um ritmo inédito no Brasil, transformando-se num negócio cada vez mais atraente aos olhos dos investidores. De 2000 a 2010, as operadoras de saúde ganharam 14 milhões de novos usuários, num crescimento de 50% no período. É resultado direto da expansão nos empregos formais — cerca de 80% dos planos de saúde no mercado brasileiro são contratados por empresas. Num país com um sistema público de saúde vexatório, o acesso à assistência privada tornou-se um objeto de desejo por parte da sociedade, parte das vantagens que fazem da “carteira assinada” um dos maiores sonhos do brasileiro. Nos próximos anos, o aumento da expectativa de vida também deve ampliar a base de consumidores desses serviços. Espera-se que até 2050 a população brasileira some 64 milhões de habitantes com mais de 60 anos de idade, mais que o triplo dos atuais 19 milhões. E, quanto mais velhos ficamos, maiores são nossas demandas nessa área. A evolução do mercado de saúde provocou uma onda de fusões e aquisições sem precedentes — em 2010, as compras de empresas do setor movimentaram 4,1 bilhões de dólares, quatro vezes mais do que a média dos cinco anos anteriores (veja quadro ao lado). Recentemente, o potencial do setor de saúde passou a atrair também investidores financeiros, como o banco BTG, de André Esteves, que comprou uma participação na Rede D’Or, a segunda maior cadeia de hospitais privados do país (o valor da aquisição não foi divulgado).

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