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30.04.2012

Advertência aos planos: confira dados gerais sobre o setor

fonte: G1

No dia 25 de abril, médicos de todo o país demonstram publicamente sua insatisfação com o comportamento antiético das empresas que atuam no setor de saúde suplementar. Há um número significativo de planos que se recusam a negociar com os médicos a reposição das perdas acumuladas nos honorários pagos e o fim de sua interferência na relação entre o profissional e seu paciente, o que tem resultado em glosas e não autorização de procedimentos prescritos e/ou solicitados.

Os médicos alegam que nos últimos 11 anos, os índices de inflação acumulados superaram os 119%. Por outro lado, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médicos não atingiram reajustes de 50% no período (ver tabela anexa). Os números são ainda mais surpreendentes se comparados com o desempenho do mercado de planos de saúde.

Os analistas apontam uma tendência anual de crescimento superior a 10%, o que tem garantido faturamento alto às operadoras. Em 2011, a receita dessas empresas bateu a casa de R$ 81 bilhões, no entanto, sem suficiente contrapartida em termos de valorização do trabalho médico e na oferta de cobertura às demandas dos pacientes.

Confira os dados gerais sobre o setor:

O Brasil tem 371 mil médicos em atividade, registrados no Conselho Federal de Medicina.

Aproximadamente 170 mil médicos atuam na saúde suplementar, atendem usuários de planos e de seguros de saúde.

47,6 milhões (24,9% da população) é o número de usuários de planos de assistência médica no Brasil. O dado é de dezembro de 2011.

77% dos usuários de planos de assistência médica estão em planos coletivos (quase 37 milhões de pessoas).20% têm plano individual ou familiar.
- Por ano, os médicos realizam, por meio dos planos de saúde, em torno de 223 milhões de consultas e acompanham 4,8 milhões de internações.
- Os médicos atendem, em média, em seus consultórios, oito planos ou seguros saúde.
- Cada usuário de plano de saúde vai ao médico (consulta) em média 5 vezes por ano.
-- 80% das consultas, em um mês típico de consultório médico, são realizadas por meio de plano de saúde. As consultas particulares representam, em média, 20% do trabalho médico em consultório.
-- Dos usuários de planos de assistência médica, 16,3% ainda permanecem em planos antigos (7,8 milhões), muitos deles com restrições de cobertura ainda piores do que as praticadas pelos planos novos (contratos após janeiro de 1999).
-- Entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011, mais 1,9 milhão de brasileiros passaram a ter plano de saúde – aumento de 4,2%.
-- O aumento da renda dos brasileiros e a situação positiva do mercado de trabalho, com baixas taxas de desemprego e crescimento de vínculos formais com carteira assinada, fizeram crescer a venda de planos de saúde, sobretudo os coletivos e empresariais, que somam 77% do mercado.

Dados sobre os reajustes praticados pelas operadoras

Os índices de inflação – de 2000 a 2011, medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para medição das metas inflacionárias – acumularam 119,8% no período, o que não foi repassado aos honorários médicos.

De 2000 a 2011, os reajustes da ANS autorizados para os planos individuais acumularam 150,89%, sem repasse aos honorários médicos. A ANS autorizou em 2011 o maior aumento às operadoras desde 2007, ao fixar em 7,69% o índice de reajuste. Os planos coletivos podem ter reajustes anuais ainda maiores, pois é livre a negociação entre operadoras e empresas ou grupos contratantes.

Dados sobre a saúde financeira das operadoras

A receita dos planos de saúde não para de crescer. Em 2011, as operadoras médico-hospitalares tiveram uma receita de R$ 81,3 bilhões, 11,1% a mais que em 2010.

O aquecimento do mercado de planos de saúde é confirmado pelo número de registros de operadoras. Pela primeira vez em dez anos, o número registros (12 empresas novas) foi maior que o número de cancelamentos (4), isso analisando o primeiro trimestre de 2011. Existem hoje 1.042 planos ativos com beneficiários, dos quais 70% são de pequeno porte, com até 20.000 pessoas.

O valor médio da mensalidade cobrada pelos planos de saúde em 2010 foi de R$ 127,00, uma variação de 9,1% em relação a 2009, quando os planos custavam, em média, R$ 116,37 per capita/mês.

A sinistralidade (razão entre a despesa assistencial e receita angariada com as mensalidades) é de 81,6%.

Dados sobre a interferência dos planos na autonomia dos médicos

O médico que trabalha com planos ou seguros de saúde atribui, em média, nota 5 para as operadoras, em escala de zero a dez. Ressalta-se que 5% dos médicos deram nota zero para os planos ou seguros saúde brasileiros e apenas 1% atribuiu notas 9 ou 10*.

92% dos médicos brasileiros que atendem planos ou seguros saúde afirmam que sofreram pressão ou ocorreu interferência das operadoras na autonomia técnica do médico*.

Entre as interferências no trabalho médico, glosar procedimentos ou medidas terapêuticas e impor a redução de número de exames ou procedimentos são as práticas mais comuns das operadoras (veja quadro abaixo)*.

Mais da metade dos hospitais (54,9%) afirma que os planos de saúde determinam a transferência de pacientes para hospitais próprios das operadoras.

Mais da metade dos hospitais (51%) afirma que os planos de saúde demoram na liberação de guias de autorização para internação, cirurgia e exames, o que prejudica pacientes e médicos.

Dados da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) apontam que, quanto maior o número de clientes de uma operadora de plano de saúde, maior o tempo médio para agendamento de consultas e procedimentos.

Segundo pesquisa da PROTESTE com 500 associados, sendo 30% clientes de planos individuais e 70% de coletivos, o consumidor leva, em média, 14 dias para agendar consulta e 6 dias para procedimento ambulatorial ou exame, nos individuais. Já nos demais, os períodos são de 16 e 9 dias, respectivamente.

Pesquisa do CFM realizado pelo Datafolha, em abril de 2011, que ouviu 2.061 pessoas distribuídas em 145 municípios, mostrou que 80% das pessoas que têm planos de saúde utilizaram a rede credenciada nos últimos 12 meses.

Seis em cada dez usuários da saúde suplementar tiveram, no último ano, alguma experiência negativa com o atendimento oferecido pelos planos de saúde.

As reclamações mais comuns estão relacionadas com a demora no atendimento ou fila de espera no pronto-socorro, no laboratório ou na clínica (26%).

Percentual significativo dos entrevistados (21%) também relatou existirem poucas opções de médicos, hospitais e laboratórios (21%) disponíveis para o atendimento de suas necessidades.

Outros 14% contam que tiveram que buscar a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS) por conta da negação de cobertura ou restrição de atendimento do plano de saúde contratado.

Com relação ao atendimento médico, a principal queixa dos entrevistados consiste na dificuldade de marcar consulta (19%) e no descredenciamento do profissional médico procurado (18%).

O excesso de burocracia foi outro ponto de reclamação dos usuários: 13% vivenciaram demora para autorização de exames ou liberação de guias, inclusive de internação, e 12% tiveram negativa de cobertura de procedimento ou exame.

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