Essas
são algumas das descobertas de recente pesquisa
Open Mobile com 250 executivos seniores de tecnologia
móvel. Vários fatores tornam essa conclusão
óbvia. A tecnologia móvel permite que
pacientes fiquem com contato mais próximo e
menos custoso com o profissional médico ou
com sistemas de monitoramento remoto. Desde lembretes
de medicações até sensores de
corpo que permitem que os cuidadores forneçam
diagnóstico mais rápido e preciso. As
soluções móveis de saúde
se tornarão uma parte mais vital de novas vidas
e o serviço de muitas organizações.
A adoção de tecnologias
móveis de saúde pode coincidir com a
adoção do registro eletrônico
de saúde (EHR), e pode acontecer mais rápido,
especialmente se houver colaboração
proativa entre provedores de saúde, telecomunicação
e aplicativos.
Cerca de um em cada dois adultos
tem um problema crônico de saúde. O gerenciamento
de doenças crônicas conta por mais de
80% do total de despesas de saúde. Condições
crônicas causam sete de cada dez mortes nos
Estados Unidos. As três principais – câncer,
acidente vascular cerebral e doença cardíaca
– contam com mais da metade das mortes.
Estudos recentes mostram que o monitoramento
remoto do paciente em tais condições
pode salvar vidas e baixar custos. Um programa piloto
de monitoramento remoto de paciente para insuficiência
cardíaca congestiva (ICC) apresentou apenas
6% da taxa de readmissão hospitalar em comparação
com a média nacional dos EUA, que é
de 47%. Isso representa um grande benefício,
levando em consideração que o ICC conta
com 27% dos pacientes Medicare que voltam aos hospitais
dentro de 30 dias. Outros estudos pilotos usando a
saúde móvel mostraram 72% de redução
na média do número de visitas ao departamento
de emergência, e 65% de redução
em admissões em hospitais de uma forma geral.
Outros fatores estão acelerando
a adoção de soluções móveis
e sem fio. Os custos em saúde nos Estados Unidos
são maiores do que qualquer outra nação
desenvolvida, prejudicando os indivíduos, a
indústria e os empregadores que oferecem cobertura.
Os executivos exigem melhor cuidado, ainda assim há
uma escassez crônicas de médicos, especialmente
em áreas especializadas como a geriatria.
Nesse meio tempo, mais e mais pessoas
transformam os telefones móveis e tablets numa
parte de seu cotidiano. Consumidores americanos de
todas as idades questionados em uma recente pesquisa
sobre se gostariam de dispositivos de automonitoramento
que remotamente enviam informações para
seus pacientes, 61% responderam que sim. Quando questionados
se gostariam de usar PDAs ou smartphones para acessarem
seus registros médicos e outras informações
de saúde, a resposta variou conforme a idade:
apenas 27% dos mais velhos se mostram interessados
e 72% da geração Y (nascidos entre 1981
e 1992) responderam estar de alguma forma inclinados
a utilizar se tivessem a oportunidade.
Conforme as pessoas passam a se
informar, ficam mais proativas e também ficam
mais acostumadas com a onipresença móvel
para opções de prevenção
e tratamento. Esperem ver mais aplicativos customizados
para agendamentos de consultas, alertas de saúde,
retorno e comparações de tratamentos.
Os exemplos recentes incluem:
- Alta para pacientes usando dispositivos
móveis para visualizar o plano de saúde
e os exames laboratoriais;
- Grávidas usando telefones móveis para
conseguirem informações personalizadas
de seu provedores de saúde; e
- Viciados em drogas em recuperação
usando seus smartphones ou tablets para conversarem
com seus padrinhos quando estiverem vulneráveis,
registrar seu progresso ou entrar em contato com centro
de tratamento.
Valor móvel
Os analistas preveem que esse mercado
alcance cerca de US$ 4,6 bilhões no começo
de 2014. Algumas organizações médicas
e científicas já forjam alianças.
O consórcio Open mHealth, por exemplo, está
criando um ecossistema para avançar a tecnologia.
A Continua Health Alliance trabalha em soluções
de interoperabilidade. Tais colaborações
estimulam a inovação, mais competidores
se envolvem tanto em criar quando vender plataformas
ou com a obrigatoriedade das normas de saúde
de melhor cuidado a menor custo que essas soluções
podem proporcionar.
Ainda assim, a inovação
de saúde ganhará espaço quando
dois obstáculos forem transpostos.
Primeiro, maiores testes devem ser
conduzidos para avaliar o nível de melhoria
de cuidado economia. Os experimentos globais com apoio
da mHealth Alliance e outros podem acelerar esse estudo.
Segundo, os diversos competidores
em campo – especialmente organizadores de saúde,
fornecedores de telecomunicação e desenvolvedores
de apps – devem trabalhar juntos em mandatos
legais e restrições, integração
de sistemas e pesquisas centradas no paciente para
baixar os custos.
Conforme mais competidores forem
convencidos das melhorias que a saúde móvel
pode trazer, o mercado crescerá mais rápido
e o preço baixará. Não é
uma questão de se, e sim quando.
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