NOTÍCIAS
18.06.2012 |
Desgastado,
Eduardo Braga, líder no Senado, deixará
o cargo |
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fonte:
O Globo
Três meses depois de assumir
a liderança do governo no Senado, como uma
escolha da presidente Dilma Rousseff e sem apoio de
seu partido, o PMDB, o senador Eduardo Braga (AM)
encerra a lua de mel com o Planalto e deve deixar
o cargo a pretexto de disputar a prefeitura de Manaus
em outubro. A gota d’água na já
desgastada relação do líder com
o Executivo foi a votação, nesta semana,
da Medida Provisória 568, cujo texto original
reduzia em até 50% o salário dos médicos
dos hospitais federais, e teve que ser corrigida antes
de ser votada. O Planalto nega a saída de Braga.
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O
líder do governo foi o relator da MP e Dilma
não gostou da forma como ele conduziu as negociações.
Primeiro, Braga queria que o governo retirasse a MP
do Congresso, e que não fosse feita apenas
a correção do texto por meio de uma
emenda. Ele não foi atendido e entrou em conflito
com o Ministério do Planejamento. O senador
declarou que a pasta havia feito uma “barbeiragem”.
No final, a ministra Ideli Salvatti (Relações
Institucionais) reconheceu que houve “erro”,
e o governo retirou a parte do texto que reduzia salários.
Depois de um período em que
mal era recebido pela presidente, Braga conversou
com Dilma sobre a saída dele da liderança
na última terça-feira. O senador afirma
que decidirá sua saída até o
dia 30, quando termina o prazo para convenções
partidárias:
— Só saberemos (se serei candidato) no
dia 30. Conversei com a presidente (sobre a saída
), e só no dia 30 tomaremos a decisão.
Em primeiro mandato, Braga, que já não
tinha apoio da cúpula de seu partido, o PMDB,
ganhou a antipatia de parte do Senado ao assumir a
liderança do governo pregando novas práticas
na política. Na bancada peemedebista, ele é
da ala adversária ao líder Renan Calheiros
(AL).
Mesmo com o discurso moralizador, o líder do
governo tem como primeira suplente sua mulher, Sandra
Backsmann Braga, como revelou O GLOBO em abril. Pôr
parentes na suplência é uma prática
típica de políticos tradicionais, e
isso irritou Dilma.
A queda de Braga é um revés para a ministra
Ideli Salvatti (Relações Institucionais),
que patrocinou a derrubada do líder anterior,
Romero Jucá (PMDB-RR). Com a saída de
Braga, será aberta nova temporada de disputa
pelo cargo.
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