Segundo
o ortopedista Kodi Kojima, coordenador do Grupo de
Trauma no Instituto, a eficiência do resgate
e o número crescente de acidentes de moto e
de alta energia estão diretamente ligados ao
aumento da complexidade dos traumas.
Em uma década, o número de pacientes
com politrauma - fratura mais o comprometimento de
algum outro órgão - subiu de 13% para
21%. Pacientes com mais de uma fratura passaram de
26% para 31%. Já as fraturas mais complexas
(multifragmentadas) tiveram um aumento de 7%.
"O número de pacientes não variou
muito neste período. O que notamos foi um aumento
da gravidade dos pacientes e das fraturas" ,
observa o ortopedista.
Para Kojima,a eficiência e rapidez dos serviços
de resgate faz com que vítimas de acidentes
graves cheguem ao hospital. " O paciente que
há alguns anos não teria nenhuma chance
e morria no local do acidente, hoje chega ao nosso
pronto-socorro. Chega com sua saúde geral muito
comprometida e com várias fraturas, a maioria
delas graves" , diz.
A complexidade dos casos recebidos no instituto segue
a curva crescente de acidentes de motocicletas atendidos
no Hospital das Clínicas. A maioria dos internados
com este tipo de fratura são jovens, no auge
da produtividade, que acabam tendo a vida interrompida
por um período. " Estes traumas, cada
vez mais complexos, geram gastos para o Estado e uma
série de problemas para os pacientes até
sua total recuperação, isto se não
ficarem com sequelas permanentes" , completa
Kodi.
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