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07.08.2012

No Hospital da Piedade, médicos são treinados em meio à falta de equipamentos, material e remédios

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fonte: jornal Extra

Um hospital de ensino deveria preparar seus residentes para as técnicas mais modernas de tratamento clínico e cirúrgico. Deveria mostrar a seus acadêmicos a importância de se oferecer ao paciente o melhor atendimento, zelando pelo seu bem-estar. No Hospital municipal da Piedade, a precariedade obriga professores a ensinarem um outro tipo de medicina, a medicina do jeitinho.

Com instrumentos cirúrgicos obsoletos, mobiliário antigo e quebrado - as macas cirúrgicas são de 1969 - aparelhos de monitoramento sem bateria interna, geradores que falham e fornecimento irregular de remédios, a unidade, que forma estudantes de medicina da Universidade Gama Filho e é referência para oftalmologia e ginecologia, realizava até a semana passada operações com o foco de luz amarrado com compressas, mesas aparando as pernas das pacientes em cirurgias ginecológicas e pinças que, de tão desgastadas, impediam a precisão nos procedimentos. Após vistoria do Cremerj no último dia 24, o centro cirúrgico foi fechado.

- Os profissionais decidiram parar. A situação é grave e coloca em risco a vida do paciente - diz o conselheiro do Cremerj, Sidnei Ferreira.

O médico se refere a três casos descritos no relatório do conselho. No mais grave, devido à falta de energia, o paciente precisou ser ventilado manualmente por 40 minutos até o término da cirurgia, realizada sob as luzes dos celulares da equipe.

A situação não é diferente na Unidade Coronariana, que passou três meses sem unidade geradora de marcapasso, até que, no último dia 20, um paciente precisou ser reanimado com socos no peito e massagem cardíaca por uma hora e meia até ser transferido para o Salgado Filho, onde poderia ser implantado o marcapasso. A Secretaria municipal de Saúde informou que o homem recebeu alta no último dia 27.

- Após esse episódio, o hospital recebeu uma unidade geradora de marcapasso emprestada - diz Ferreira.

Na enfermaria da cardiologia, descreve o relatório do Cremerj, os dois aparelhos de eletrocardiograma não funcionavam. E, até o último dia 20, não havia desfibrilador.

Com as internações na pediatria e todas as cirurgias suspensas, resta aos médicos ensinarem a seus alunos o resultado da má gestão de recursos públicos.

Com o centro cirúrgico fechado, médicos do Hospital da Piedade informaram que apenas cirurgias de emergência, caso um paciente piore repentinamente, estão sendo realizadas no Salgado Filho, no Méier.

Em nota enviada pela assessoria da Secretaria municipal de Saúde, a direção do Hospital da Piedade informou que estão em andamento obras de manutenção no centro cirúrgico. “Ao fim das intervenções, novo mobiliário e equipamentos serão disponibilizados”, afirma.

A direção do hospital informou também que já há orçamento fechado para a construção do novo centro cirúrgico, com maior capacidade de atendimento. Segundo a nota, serão oito salas, sendo três para a oftalmologia. “O projeto está em fase de ajustes para que as melhorias sejam iniciadas”, afirma a direção, acrescentando que as cirurgias oftalmológicas estão sendo realizadas no próprio hospital. A informação é negada por médicos do setor.

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