"Os problemas do SUS continuam com uma série
de impasses e desafios. Vemos improvisações
e falta de rumo. O quadro geral é muito preocupante
e precisamos nos posicionar", declarou o 2º
vice-presidente do CFM e conselheiro do CREMERJ, Aloísio
Tibiriçá, que também é
coordenador da comissão.
Representantes da Associação
Médica Brasiléia (AMB) e Federação
Nacional dos Médicos (Fenam) também
conduziram os debates. É a segunda vez este
ano que a comissão, que agrega CFM, AMB e Fenam,
faz uma reunião com esta representatividade
nacional.
O Dia Nacional de Paralisação
será precedido de mobilizações
organizadas pelos estados e culminará com a
presença das lideranças em Brasília
para mobilizações no Congresso e no
Ministério da Saúde, no dia 26. Os itens
da pauta nacional são:
- Melhor remuneração
no SUS, Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV);
- Condições adequadas de trabalho;
- Assistência de qualidade para a população;
- Financiamento maior e permanente para o SUS e qualificação
da gestão pública.
Os estados, por sua vez, poderão
agregar lutas locais às suas pautas, de acordo
com as especificidades regionais.
Educação Médica
- A Comissão Nacional Pró-SUS está
empreendendo, em trabalho conjunto com a Comissão
de Ensino Médico do CFM, um estudo sobre demografia
médica no Brasil. O objetivo é trazer
mais consistência às discussões
sobre a necessidade de médicos no país
para uma assistência adequada.
O governo propõe a criação
de 2.500 vagas por ano para suprir a alegada falta
de médicos. No entanto, dados preliminares
do estudo do CFM apontam que o método do governo,
de comparar o número de médicos por
mil habitantes no Brasil (1,9) com outros países
não é suficiente por se tratarem de
sistemas de saúde diferenciados que imprimem
características próprias ao trabalho
médico nesses diferentes contextos.
O estudo, ainda em desenvolvimento,
pretende superar ainda a divisão de médicos
por mil habitantes que considera apenas as informações
de registro dos profissionais junto aos conselhos
regionais.
compartilhar
|