A
abertura dos processos é uma medida intimidatória
e constrangedora por parte da Secretaria, já
que vivemos em um Estado democrático de direito
e, de acordo com o Código de Ética Médica,
capítulo I, inciso XV, o médico deve
ser "solidário com os movimentos de defesa
da dignidade profissional, seja por remuneração
digna e justa, seja por condições de
trabalho compatíveis com o exercício
ético-profissional da medicina e seu aprimoramento
técnico-científico".
Durante o movimento, os colegas lutavam
por reajuste salarial, condições adequadas
de trabalho, plano de cargos, carreira e vencimentos,
concurso público e isonomia salarial com os
contratados. Ao longo da mobilização,
os médicos mantiveram o atendimento normal
aos pacientes, mas, como forma de pressão aos
gestores, pararam de preencher a Autorização
de Internação Hospitalar (AIH).
"O CREMERJ apoiou o movimento,
considerando-o justo e legítimo. A luta dos
médicos por melhores salários e condições
de trabalho estimula a melhoria da assistência
médica à população. Para
o CREMERJ, o movimento dos médicos municipais
sempre se manteve dentro da ética. Estamos
à disposição para o que os colegas
precisarem", salienta a presidente do CREMERJ,
Márcia Rosa de Araujo.
O Conselho também está
convidando os vereadores médicos para reunião
com objetivo de angariar apoios contra essa medida
retaliatória.
Aqueles que porventura estiverem
envolvidos nos referidos inquéritos administrativos
podem solicitar contato da assessoria jurídica
do CREMERJ através do e-mail gabinete@crm-rj.gov.br.
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