Tal
modelo não garante qualidade no atendimento
à população. Para alavancar a
saúde no país, são necessários
concursos públicos com salários dignos,
boas condições de trabalho, vínculos
formais de emprego, estrutura adequada e segurança,
além do cumprimento do piso estipulado pela
Fenam, de R$ 9.813,00 para 20 horas semanais.
Ao longo de 2012, o CREMERJ publicou,
nos principais veículos de comunicação
do Rio de Janeiro, editais de alerta para que os médicos
não se inscrevessem em concursos públicos,
uma vez que as prefeituras, normalmente, oferecem
salários medíocres.
Recentemente, os municípios
de Miracema e Niterói abriram editais para
contratação de médicos com salários
de R$ 1.634,14 e R$ 1.474,00, respectivamente. Além
desses, Volta Redonda e Itaperuna também lançaram
concursos públicos, ambos com vencimentos bem
inferiores aos recomendados pela Fenam: R$ 868,03
e R$ 636,30.
“A luta por melhores salários
e condições adequadas de trabalho estimula
a melhoria da assistência médica à
população. Não há carência
de médicos no país, há falta
de incentivo do governo em fixar o médico no
interior, com plano de cargos e salários dignos.
Como querem contratar médicos estrangeiros
com salários irrisórios como estes?”,
pondera a presidente do CREMERJ, Márcia Rosa
de Araujo.
O Conselho reforça seu compromisso
com a luta em defesa da categoria médica e
sua devida valorização.
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