"O
decreto é fruto de um diagnóstico que
fizemos esses dias, em que vimos um quadro grave de
desassistência à saúde da cidade,
com degradação do patrimônio de
várias unidades de saúde, graves problemas
na área de recursos humanos, falta de equipamentos
básicos nas unidades de urgência e emergência.
Várias unidades foram fechadas, como as emergências
do Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho,
fechado há um ano e dois meses, e do Hospital
Antonio Pedro", avaliou o secretário municipal
de Saúde, Chico D'Ângelo. A assinatura
do decreto ocorreu na unidade de emergência
Mário Monteiro.
No início de janeiro, a emergência
pediátrica do Hospital Getúlio Vargas
Filho foi reaberta e está funcionando como
um hospital de campanha. Em 20 dias, já foram
atendidas cerca de três mil crianças.
"Na unidade Mário Monteiro,
o raio-x estava sem funcionar, assim como o elevador.
Não havia equipamentos básicos para
atender pacientes mais graves, como o respirador,
e hoje temos dois aparelhos funcionando. Evidente
que isso é um cenário muito específico,
mas a situação da rede como um todo
estava muito grave. Na emergência do Getulinho,
com a ajuda do secretário de estado, Sérgio
Côrtes, e do governador nós pudemos atender
as crianças que estavam desassistidas",
acrescentou o secretário.
De acordo com o prefeito Rodrigo
Neves, o decreto "é uma resposta planejada
da prefeitura no sentido de restabelecer a assistência
de saúde à população,
o abastecimento nas unidades, viabilizar a contratação
de profissionais de saúde e recuperar fisicamente
as unidades. A saúde de Niterói está
na UTI e nosso objetivo é reverter rapidamente
essa situação".
Segundo a prefeitura, nove unidades
básicas de saúde serão reformadas,
além da requalificação das unidades
Policlínica do Largo da Batalha e Mário
Monteiro, que vão operar no modelo das Unidades
de Pronto-Atendimento (UPA). Para as ampliações
e reformas, está previsto repasse de R$ 20
milhões para a prefeitura e o governo federal.
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