A
unidade saúde realizou, em 2012, cerca de 1,5
mil atendimentos a menos que em 2011, devido à
ausência de plantonistas. Ainda assim, apenas
dois de nove médicos convocados de um concurso
público recente permaneceram no cargo. O motivo
seria a baixa remuneração. De oito médicos
contratados temporariamente pela Fundação
para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico
em Saúde (Fiotec), apenas três renovaram
o contrato e dois concursados pedirem exoneração.
O Cremerj chegou a fiscalizar a unidade
durante a semana e confirmou a falta de obstetras.
De acordo com nota emitida pela entidade, “o
plantão da obstetrícia está sendo
feito por apenas dois ou três médicos.
Em diversos casos, profissionais faziam mais de um
plantão por semana. Há dias em que a
situação fica ainda mais crítica,
com apenas um médico tomando conta de toda
maternidade. Caso chegue uma paciente em trabalho
de parto e o único plantonista esteja em algum
procedimento, não há médico para
atendê-la”.
A deputada federal Jandira Feghali
pede celeridade na solução dos problemas
da maternidade da Praça XV: “Seu fechamento
afeta as usuárias da unidade, muitas em gravidez
de alto risco e os profissionais que ali trabalham.
Reafirmo que Saúde é direito do povo
e dever do Estado”, pontua, acrescentando que
o problema será acompanhado: “A falta
de estrutura adequada de trabalho aos profissionais
e pacientes desecandeia uma série de agravos
ao SUS. Estaremos juntos na negociação
por uma solução”, conclui.
A vice-presidente do Cremerj, Vera
Fonseca, esteve no local e compartilhou a aflição
de médicos, enfermeiros e funcionários
que ali trabalharam: “Hoje é um dia de
luto para a ginecologia e obstetrícia do Rio
de Janeiro. Os médicos estão arrasados
com o fim de uma maternidade tão importante
para a nossa cidade”, lamenta.
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