É
questão de dias Dohmann voltar para a Secretaria,
cedido pela instituição de pesquisa,
e com o bolso mais cheio: ele passa a fazer jus a
um salário base de cerca de R$ 4 mil, que,
só com títulos acadêmicos, pode
chegar a R$ 7 mil.
Pedido do prefeito
Cardiologista, Dohmann fez o concurso
para pesquisador, com especialização
em terapia celular em cardiologia, em 2010 e foi convocado
no final do ano passado. Nesta segunda-feira, a Fiocruz
informou ter recebido um ofício do prefeito
Eduardo Paes, pedindo a cessão do médico,
já autorizada. A cessão deve sair no
Diário Oficial da União entre terça
e quarta-feira, permitindo que ele volte logo ao comando
da saúde da cidade. Apesar do corre-corre,
a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde
informou que Dohmann, na tarde desta segunda, já
estava em Brasília e não poderia comentar
o assunto.
A Fiocruz afirmou que a legislação
permite a cessão de funcionários. Mas
proíbe o acúmulo de cargos e, por isso,
foi preciso que Dohmann fosse temporariamente exonerado.
O edital do concurso, entretanto,
é muito claro ao afirmar que “o servidor
terá o prazo de até 15 dias para entrar
em exercício, contados da data da posse, entendendo-se
como exercício o efetivo desempenho das atribuições
do cargo”. O edital prevê ainda um estágio
probatório de 36 meses, quando a aptidão
e capacidade do servidor são avaliadas. O diretor
de RH da Fiocruz, Juliano Lima, explicou que, ao assumir
a vaga, Dohmann já deixou caracterizado que
estava à disposição para o exercício
das funções na Fiocruz, cumprindo a
primeira exigência. Já o estágio
probatório fica suspenso até que o servidor
volte à instituição de pesquisa.
Sobre um possível questionamento do concurso
na Justiça, Lima disse estar tranquilo pois
tudo foi feito dentro da lei.
Polícia investiga
denúncia
Nesta segunda-feira, a Secretaria
municipal de Saúde publicou no Diário
Oficial uma convocação para a contratação
emergencial de uma firma especializada em serviços
de esterilização de equipamentos hospitalares.
Uma reportagem exibida domingo no “Fantástico”
revelou que a empresa Form Steril fazia o serviço
para 20 hospitais do município em instalações
que não tinham licença da Vigilância
Sanitária. A empresa recebia R$ 3,9 milhões
mensais num contrato emergencial. A Form Steril garante
que o serviço era feito em São Paulo.
A Delegacia de Defesa do Consumidor investiga o caso.
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