As
quatro primeiras especialidades, que somam 37%, pertencem
às chamadas áreas básicas da
Medicina (Tabela 10). Além das primeiras da
classificação, também se destacam
a Ortopedia e Traumatologia, Oftalmologia, Radiologia
e Diagnóstico por Imagem, Psiquiatria, Dermatologia,
Otorrinolaringologia, Cirurgia Plástica e Medicina
Intensiva. Assim, as 15 especialidades do topo concentram
74% do total de médicos titulados (197.718).
Na posição oposta,
outras dez especialidades agregam 5.937 profissionais,
o que representa 2,21% do total. Entre elas, aparecem:
Genética Médica, Cirurgia de Mão,
Radioterapia, dentre outras. As três últimas
deste grupo contabilizam em todo o país um
total de apenas 908 médicos titulados. A Radioterapia
possui 497 profissionais (0,19% do total); a Cirurgia
da Mão, outros 411 (0,15%); e a Genética
Médica um montante de 200 (0,07%).
Idade dos profissionais
– Outra constatação do estudo
é que médicos mais jovens e mulheres
– grupos que apresentam tendência de crescimento
consistente – tem concentrado suas escolhas
nas especialidades básicas. A presença
expressiva desses grupos em áreas básicas
fragiliza a tese de que as novas gerações
de médicos estariam concentradas ou procurando
formação em especialidades mais consideradas
“rentáveis”, embora elas possam
ter maior proporção de candidatos por
vaga nas provas de Residência Médica.
O estudo sugere ainda que o futuro
número de especialistas poderá sofrer
influência da oferta de postos de trabalho e
de políticas de abertura de vagas de Residência
Médica em determinadas especialidades. Esta
tendência revela um cenário desafiador
para o Governo: atrair estes profissionais para atuarem
no sistema público de saúde e nas regiões
de difícil provimento de profissionais.
|