fonte:
Assessoria de Imprensa da SOGESP
Suspensão do atendimento
acontecerá nos dias 1º, 2 e 3 em protesto
contra o fato de empresas não avançarem
nas negociações por reajustes dos procedimentos
A Ginecologia e a Obstetrícia
do Estado de São Paulo vai parar nos dias 1º,
2 e 3 de setembro de 2011. A suspensão do atendimento
ocorrerá no sistema de saúde suplementar;
não serão feitos quaisquer procedimentos
eletivos referentes a planos e seguros saúde.
É uma espécie de ultimato que os especialistas
paulistas dão às empresas após
frustradas tentativas de negociações
de reajustes de honorários e/ou de propostas
muito aquém das expectativas.
Desde outubro de 2010, quando constituiu
sua Banca de Negociações, a SOGESP fez
inúmeras tentativas de diálogo com um
total de 49 operadoras. A principal reivindicação
é a adequação dos honorários
médicos à CBHPM 2003 reajustados com
base no IGPM até 2010.
Os números demonstram bem
a intransigência das empresas, cujos nomes serão
divulgados oportunamente. Até agora, 29 não
se reuniram com a SOGESP, sendo que uma foi enfática
em não querer nem conversar: a Porto Seguro.
Outro bloco, de 19 planos, abriu
diálogo. No entanto, após o encontro
e a formalização da proposta, apenas
uma se dispôs efetivamente a negociar. Oito
não responderam à proposta SOGESP e
outras 6 a rejeitaram. De outras 4, aguarda-se contato,
pois ainda estão no prazo para responder.
Diante de tal quadro, que denota
efetivo desrespeito aos problemas enfrentados pelos
ginecologistas e obstetras, foi aprovada durante a
III Reunião com as Diretorias Regionais e Representantes
Credenciados, em Campinas, em 19 de junho, a suspensão
do atendimento aos planos de saúde no período
de 1º a 3 de setembro. O ultimato ocorrerá
justamente em meio ao XV Congresso Paulista de Obstetrícia
e Ginecologia, quando os 6 mil profissionais debaterão
quais os próximos passos do movimento, avaliando
inclusive recomendações de descredenciamento
coletivo, novas medidas judiciais, entre outras.
“Chegamos ao limite”,
pontua César Eduardo Fernandes, presidente
da SOGESP. “A SOGESP buscou o diálogo.
Mas, a postura intransigente das operadoras requer
outras atitudes. A prática da especialidade
na saúde suplementar tornou-se inviável
em São Paulo. Os honorários aviltantes
têm levado muitos colegas a fechar consultórios,
pois estão quebrando. Outros acumulam vários
empregos colocando em risco a integridade profissional
e a qualidade do atendimento às pacientes e
aos fetos. Exigimos dignidade para nós e para
os pacientes. São inúmeras as pressões
de planos para corte nas solicitações
de exames, de internações e de outros
procedimentos, o que inviabiliza a boa medicina. É
hora de dar um basta”.
É importante registrar que
a suspensão abrangerá somente os atendimentos
eletivos. As urgências e emergências estarão
garantidas. Para não causar transtornos aos
pacientes, a SOGESP orienta os ginecologistas e obstetras
de São Paulo a fecharem suas agendas dos dias
1º, 2 e 3 de setembro, já remarcando eventuais
consultas e procedimentos pré-combinados para
outras datas.
“O paciente merecerá
toda a nossa atenção e respaldo”,
destaca Maria Rita Souza Mesquita, coordenadora da
Comissão de Honorários Médicos
da SOGESP. “Nosso embate com os planos de
saúde, aliás, é em defesa dos
direitos de assistência adequada dos cidadãos,
além da valorização profissional”.
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