Registro
de medicamentos mais rápido
“O Sistema de Registro Eletrônico
de Medicamentos trará redução
no prazo de análise da Anvisa para novos medicamentos,
com a finalidade de estimular a produção
e aumentar a competitividade. O prazo deverá
ser igual ao do FDA americano. Para tanto, serão
contratados 314 servidores e 80% vão para a
área de registro de medicamentos para agilizar
o processo já a partir de abril”, afirmou
Padilha, reiterando que é um grande incentivador
da desoneração de impostos dos medicamentos.
Transplantes e Obesidade
O ministro lembrou que quase 100%
dos transplantes são realizados pelo SUS e
que cerca de 50 milhões de brasileiros são
usuários de plano de saúde. “O
Brasil é o único país com mais
de 100 milhões de habitantes a ter sistema
total público”, garante. Outra questão
importante que precisa ser enfrentada é a obesidade.
“Temos 48,5% da população das
capitais com excesso de peso e cerca de R$ 500 milhões
são investidos pelo SUS em problemas de obesidade”.
Redução das
filas
Uma das principais preocupações
da população é com o tempo de
espera nos atendimentos em hospitais. “Estamos
investindo em novas tecnologias para reorganizar a
taxa de ocupação”. O ministro
afirmou que hoje o Ministério de Saúde
monitora online os principais hospitais que fazem
parte do grupo de urgência/emergência
e esse monitoramente trouxe, além da redução
no tempo de espera, a diminuição de
perdas nas farmácias dos ambulatórios,
por exemplo.
Falta de médicos
A falta de médicos também
permeou o debate. Segundo o ministro, nos Estados
Unidos, 25,9% dos médicos são formados
fora do país, enquanto que no Brasil esta taxa
é de menos de 1%. “Temos forte mercado
para médicos, já que, para cada 1,5
de vaga formal disponível, temos apenas um
profissional”. Padilha lembra que é preciso
ter programa que estimule o profissional a trabalhar
nos bairros mais pobres ou nas cidades mais distantes.
Saúde suplementar
x pública
Questionado sobre a dicotomia existente
entre o sistema público e privado, o ministro
foi enfático: “a dicotomia é um
atraso”. Ele lembra que parte grande da população
possui saúde suplementar e usa SUS. “O
SUS também não sobreviveria sem os hospitais
privados e filantrópicos, pois temos várias
parceiras para transplantes, por exemplo. A saúde
suplementar aprende muito com a saúde pública,
como no caso do médico da família e
saúde preventiva, e o público também
aprende com o privado como na tecnologia para gestão
de novos hospitais. O que importa é atender
bem a população”, finaliza.
Cartão SUS E PEP
Para Padilha, o cartão SUS
e prontuário eletrônico são importantes
não só na redução de fraudes,
mas também no melhor atendimento do paciente,
o acesso a exames que realizou, medicamentos que utiliza,
etc. “Combinado com isso, evitamos a duplicidade
de exames e, assim, o cartão mais prontuário
trará redução no desperdício”,
finaliza.
Santas Casas
Sobre a questão de as Santas
Casas prometerem parar atendimento em abril, o ministro
disse que, se estivesse na situação
delas, aproveitaria para utilizar mais os recursos
do Ministério da Saúde. “Em 2011
criou-se incentivos específicos pela qualidade
do atendimento prestado. Se a Santa Casa quer 100%
SUS, recebe 20% mais por procedimento; se quer participar
de programa de transplantes, recebe 60% mais”,
garante Padilha.
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