"Explicamos ao secretário que, se não
houver reposição, de forma rápida
e eficiente, dos médicos que saem da rede
municipal, os serviços realmente vão
sofrer uma queda de produtividade. Logo, se a Secretaria
fechar serviços progressivamente e passar
a concentrá-los nos hospitais que restam,
em pouco tempo teremos somente uma ou duas unidades
no município. O planejamento administrativo
do setor de saúde está completamente
equivocado", declarou a presidente do CREMERJ,
Márcia Rosa de Araujo.
Também foi debatida a situação
crítica nos hospitais municipais, principalmente,
com a falta de recursos humanos. A residência
médica foi outro assunto pontuado durante
a reunião.
“A residência médica precisa
estar entre as prioridades, pois eles serão
os nossos futuros especialistas”, defendeu
a presidente do CREMERJ.
Para a presidente da Associação Nacional
dos Médicos Residentes, Beatriz Costa, o
fechamento dos serviços resultou em uma perda
irreparável para a residência médica.
“No HMRPS tinha excelentes preceptores, altamente
qualificados para ensinar esses residentes, que
foram pulverizados pela rede municipal. É
lamentável porque a Zona Oeste é a
área do Rio de Janeiro que mais expande e
que agora perdeu o único serviço de
ginecologia da região. O Hospital Lourenço
Jorge, por exemplo, só tem obstetrícia.
Ficou uma lacuna”, complementou Beatriz.
Além de Márcia Rosa, participaram
do encontro o coordenador da Comissão de
Saúde Pública do CREMERJ, Pablo Vazquez;
e o presidente da Associação dos Médicos
Residentes do Estado do Rio de Janeiro (Amererj),
Diego Puccini.
“Vamos acompanhar o que a Secretaria fará
em favor da medicina no Rio de Janeiro. Esse fechamento
de serviços não pode continuar, pois
prejudica a população e o trabalho
médico”, concluiu Márcia Rosa.