Por meio de nota para comentar a paralisação
de médicos credenciados a planos de saúde
nesta quinta-feira (25), o órgão ressaltou
que os reajustes dos valores pagos por consulta
médica são aplicados com base em índices
acima da inflação e, muitas vezes,
superiores ao teto fixado pela Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) para o aumento
anual dos planos individuais.
Dados da FenaSaúde indicam que, de julho
de 2011 a junho de 2012, as operadoras filiadas
concederam reajuste de quase 14% no valor das consultas,
na comparação com os 12 meses anteriores
– expansão acima do Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período,
de 6,1%.
“É preciso ter uma visão realista
da possibilidade de recomposição no
nível desejado pelos médicos e dentistas.
Para uma ideia do impacto nas contas, nos 12 meses
encerrados em setembro de 2012, as associadas tiveram
despesas totais de R$ 34,7 bilhões. A mais
importante fração desta conta, as
despesas assistenciais, alcançou R$ 29 bilhões,
gastos que incluem exames, internações,
pagamentos de consultas e terapias, pagamentos a
clínicas, laboratórios e outros serviços
de assistência médico-odontológica”,
informou a FenaSaúde que representa 1.538
operadoras em todo o país – o que corresponde
a mais de um terço do mercado em número
de beneficiários.
Consultas e outros procedimentos eletivos via plano
de saúde foram suspensos em pelo menos nove
estados – Alagoas, Bahia, Goiás, Minas
Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia,
São Paulo e Sergipe – e no Distrito
Federal. Os pacientes previamente agendados tiveram
seus compromissos remarcados. Casos de urgência
e emergência não foram atingidos.
A mobilização marca o Dia Nacional
de Alerta aos Planos de Saúde e ocorre pelo
terceiro ano consecutivo, com o apoio do Conselho
Federal de Medicina (CFM), da Associação
Médica Brasileira (AMB) e da Federação
Nacional dos Médicos