Serão
afetados os clientes dos planos e das empresas Ameplan,
Assefaz, Cetesb, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego),
Green Line, Intermédica, Mediservice, Notredame,
Porto Seguro, Prosaude, Vale e Volkswagen.
A paralisação vai acontecer em esquema
de rodízio, com cada especialidade médica
parando por até três dias durante um
determinado período (veja a tabela no fim do
texto).
Os primeiros a parar serão os ginecologistas
e os obstetras, que vão interromper o atendimento
entre os dias 1º e 3 de setembro - nesse período,
não serão realizadas consultas eletivas
(marcadas com antecedência) para as clientes
desses planos.
As consultas e os procedimentos marcados
para os dias em que os médicos estiverem parados
devem ser remarcados. Procedimentos de emergência
devem ser realizados normalmente.
Jorge Carlos Machado Curi, presidente
da Associação Paulista de Medicina,
afirma que esse sistema de paralisações
vai funcionar por tempo indeterminado, até
que os planos aceitem negociar.
De acordo com a comissão,
hoje os médicos de São Paulo recebem,
em média, de R$ 25 a R$ 35 reais por consulta
médica. O objetivo dos profissionais é
que esse valor suba gradualmente para R$ 80 - entre
os planos que aceitaram negociar ou já fecharam
um novo acordo, o valor subiu para a faixa entre R$
50 e R$ 60 neste ano.
Renato Azevedo, presidente do CREMESP,
classificou a atitude dos médicos como "extrema
e desesperada". Ele disse que o mau pagamento
dos médicos também prejudica os pacientes.
- Imagina a situação
do cliente, que paga caro, às vezes mais de
R$ 1.000, pelo plano de saúde e sabe que o
médico que o atende recebe R$ 25 pela consulta.
A FenaSaúde (Federação Nacional
de Saúde Suplementar), que representa planos
de saúde, afirmou que não vai se pronunciar
sobre os dados divulgados hoje. No começo de
julho, o órgão afirmou que "suas
afiliadas estão entre as operadoras que melhor
remuneram os médicos" e que está
participando das negociações com os
médicos.
A Abramge (Associação Brasileira de
Medicina de Grupo) não se pronunciou sobre
o assunto.
Veja abaixo o cronograma de paralisação
dos médicos:
1º a 3 de setembro - Ginecologia
e obstetrícia
8 a 10 de setembro - Otorrinolaringologia
14 a 16 de setembro - Pediatria
19 a 20 de setembro - Ortopedia e traumatologia
21 a 23 de setembro - Pneumologia e Tisiologia
28 a 30 de setembro - Cirurgia plástica
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