De acordo com o secretário, Francisco D’Ângelo,
a unidade não tem autonomia para avaliar
e recusar as pacientes. Para isto, a gestante teria
que ser submetida a avaliação da coordenaria
da Secretaria Estadual de Saúde. Já
o diretor do hospital, Tarcísio Rivello,
alega que há cerca de 30 dias está
com a UTI superlotada e não tem como atender
a mais ninguém.
"Nosso objetivo não era pedir o fechamento
da UTI neonatal, apenas comunicamos à secretaria
que nossa unidade estava lotada. Não temos
espaço para novos leitos", conta Tarcísio.
"Não cabe ao hospital determinar quais
pacientes serão atendidas. É papel
do estado, não do município",
conta o secretário de saúde Francisco
D’Angelo.
No Rio, família tenta transferência
de paciente com necessidades especiais para o Hospital
Central da Polícia Militar, no Estácio.
Jonathan do Nascimento, 28 anos, está há
uma semana no CTI de uma unidade em Nilópolis.
"Até agora não tivemos nenhuma
posição do hospital", disse a
mãe do paciente, Wanda Sueli Muniz.
Mãe em busca de vaga no Hospital
da PM
O drama de Jonathan começou quarta-feira
após deixar o Hospital Central da PM, onde
estava se tratando de um problema na boca. Ele passou
mal assim que chegou em casa. Desesperada, Wanda
o levou para o Hospital Melquíadas Calazans,
em Nilópolis. "Meu filho estava com
muita falta de ar. Vi o hospital e entrei. Lá,
descobriram que ele estava com a boca cheia de bichos.
Ele havia sido examinado no hospital da PM. Como
não viram isso?", questionou Wanda.
E, segundo ela, enquanto tentava a transferência
do filho para a unidade da PM, ele teve uma parada
cardíaca. "Não consegui. Meu
filho está entubado e só piora. É
uma convardia o que estão fazendo",
desabafou Wanda.
Registro na 57ª DP
Wanda registrou o caso na 57ª DP (Nilópolis).
"Meu filho tem o direito de se tratar nesse
hospital porque é filho de policial militar",
reclamou a mãe de Jonathan. Segundo Wanda,
ela ainda perguntou à médica que atendeu
o rapaz dias antes se ele não precisaria
ficar internado.
"Insisti dizendo que meu filho é especial
e que os cuidados com ele são dobrados mas
ela me garantiu que não era preciso e que
tudo se resolveria sexta", contou ela que continua
tentando transferir o filho de Nilópolis
para o HCPM.
A PM disse que o expediente administrativo da corporação
já havia se encerrado quando procurada pelo
DIA e que encaminhou o caso para à Diretoria
Geral de Saúde.