Durante
as fiscalizações e as visitas técnicas
à unidade, o Conselho averiguou superlotação
e déficit grave de recursos humanos, que têm
dificultado o trabalho médico e, consequentemente,
um atendimento de qualidade à população.
O documento relata que nos plantões de terça
e domingo à noite há apenas um clínico
geral; na emergência só tem dois clínicos
enquanto deveria ter no mínimo seis, segundo
Resolução do CREMERJ 100/96; na sala
de reanimação, com a capacidade para
quatro leitos, havia dez pacientes internados; a equipe
de neurocirurgiões continua incompleta; além
disso, no Sistema de Regulação de Vagas
(Sisreg) ainda há muitas falhas.
Com a denúncia-crime, o CREMERJ
espera que providências sejam tomadas, porque,
apesar dos esforços das equipes de plantão
da unidade, conclui-se que a população
atendida no Salgado Filho corre sério risco
de morte. A carência de médicos, constatada
pelo CREMERJ e confirmada pela própria direção
do hospital, acaba expondo todos os pacientes.
Embora tenha sido comunicada várias
vezes sobre a situação caótica
na unidade, a Secretaria Municipal de Saúde
não tomou as medidas necessárias para
resolver os problemas do hospital.
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