Segundo
Padilha, além do trabalho conjunto com os ministérios
da Educação e das Relações
Exteriores, o governo está mantendo contato
com os países que podem enviar os profissionais
de saúde. “Nós mandamos missões
para a Espanha, Portugal, o Canadá, a Austrália
e a Inglaterra, que já é uma parceira
antiga nossa, para desenhar o programa”, acrescentou.
Os médicos estrangeiros vão,
de acordo com o ministro, ajudar a suprir uma demanda
de 13 mil profissionais para atender as periferias
e o interior. Padilha ressaltou, no entanto, que parte
dessa carência já foi atendida com o
Programa de Valorização do Profissional
da Atenção Básica (Provab), que
incorporou 4 mil profissionais. Com o programa, os
médicos recebem uma bolsa mensal de R$ 8 mil
para cumprir 32 horas semanais de trabalho nas unidades
básicas de Saúde e oito horas semanais
de curso de pós-graduação em
saúde da família, com duração
de um ano.
Esse trabalho de formação
de médicos é, segundo o ministro, a
prioridade do governo. “O grande foco que o
Ministério da Saúde tem em primeiro
lugar é investir no médico brasileiro,
dar mais oportunidades para o médico brasileiro
que queira trabalhar na periferia das grandes cidades
e nos municípios do interior”, disse.
Para isso, Padilha disse que pretende
abrir escolas de medicina nos locais que atualmente
têm carência desses profissionais. “Estamos
fechando a proposta de ampliação de
vagas de medicina. Uma das questões mais importantes
é dar mais oportunidade para o jovem que nasceu
e cresceu na periferia, no interior, possa fazer uma
faculdade de medicina.”
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