As
declarações foram apresentadas durante
audiência pública na CCJ da Câmara
dos Deputados. Segundo o presidente da FENAM a iniciativa
põe em risco a saúde da população
brasileira.
"Esses médicos não
entenderão as demandas dos pacientes, não
falarão nossa língua e o pior, não
saberemos a procedência nem o nível de
qualificação destes profissionais, "
destacou Ferreira.
Parlamentares presentes na audiência
também questionaram a proposta, considerada
polêmica pelo próprio ministro.
"Com todo respeito, ministro,
mas na medicina quando propomos diagnósticos
sem certezas, corremos o risco de levar a morte dos
pacientes," provocou o deputado Henrique Fontana.
"O bom médico estrangeiro
também não vai ficar satisfeito em vir
trabalhar aqui, com consultas pagas pelo SUS a R$
10. Temos que investir em uma carreira de estado,
com salários decentes," destacou o deputado
Ronaldo Caiado (DEM/MS).
Há médicos
suficientes no país
De acordo com estudos, há
médicos brasileiros suficientes para atender
a população, mas de acordo com entidades
médicas nacionais (FENAM, CFM e AMB) o governo
precisa oferecer condições de trabalho
e salários atrativos.
"Cerca de 17 mil médicos
são lançados anualmente no mercado brasileiro.
Muitos estão desempregados, vivendo de bicos
ou com contratos precários. Um concurso público
nacional, com atrativos e salários decentes
resolveria o problema a curto prazo," destaca
Ferreira.
A FENAM defende uma carreira de estado,
com progressão na carreira. De forma emergencial,
sugere que o Governo realize concurso público
para absorver os médicos brasileiros. |