O pedido
é baseado num relatório do Conselho
Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj),
que fez inspeções na unidade federal.
O Cremerj concluiu ainda que o HFB precisa de médicos
na maternidade. Os plantões que deveriam ter
cinco médicos, estão sendo feito com
apenas dois ou três. Aliás, no ano passado,
após vistoria do Cremerj, os procuradores federais
abriram um inquérito civil para acompanhar
este caso.
Esta recomendação do
MPF é uma espécie de notificação
extra-judicial. Serve de aviso à turma do Hospital
Federal de Bonsucesso, que é o maior hospital
da rede pública do Estado do Rio em volume
geral de atendimentos e referência em atendimento
à gestante de alto risco. Se a recomendação
for ignorada, o MPF pode entrar com uma ação
na Justiça.
O HFB tem 12 leitos de UTI neonatal.
Eles são usados por bebês em estado crítico,
quando estes, por exemplo, precisam ganhar peso ou
receber tratamento com antibiótico direto na
veia. Mas a falta de UTI tem obrigadp o HFB a internar
esses recém-nascidos em leitos de Unidade Intermediária
Neonatal (UI), que têm menos estrutura que os
de UTI.
Nesta recomendação,
o procurador Sergio Suiama pede que o hospital federal
coloque cinco médicos nos plantões e
cinco médicos residentes nas unidades intermediária
e de tratamento intensivo do hospital. O MPF quer
ainda que sejam instalados nas UTIs e UIs equipamentos
de ventilação não invasiva com
pressão positiva, para atender os bebês
com insuficiência respiratória. |