Com
53 leitos, a maternidade realiza cerca de 200 partos
por mês. Com uma equipe reduzida, os médicos
estão sobrecarregados. O déficit de
pediatras e de obstetras é alto, principalmente
porque muitos colegas se aposentaram.
Áreas como o centro cirúrgico
passaram por reformas. Entretanto, a UTI e a UI estão
desativadas há mais de um ano e, por isso,
funcionam provisoriamente em duas enfermarias. A expectativa
é de que as obras nestes setores comecem no
próximo mês, após promessa da
Secretaria Municipal de Saúde feita há
um ano. Em função dessa adaptação,
os médicos trabalham num espaço limitado,
onde, na UTI, há seis saídas de oxigênio
para nove crianças internadas, enquanto que,
na UI, tem quatro fontes de oxigênio para dez
pacientes.
Os colegas também relataram
dificuldades para transferir pacientes pelo Sistema
de Regulação de Vagas (Sisreg), o que
sobrecarrega ainda mais a unidade.
Na maternidade, a conselheira do
CREMERJ Vera Fonseca teve reunião com a direção
e visitou vários setores como a emergência,
a Rede Cegonha e salas de pré e pós-parto.
Vera Fonseca também se reuniu com a Comissão
de Ética Médica do hospital.
“É um absurdo os colegas
serem penalizados pela falta de estrutura. Os médicos
precisam, no mínimo, de condições
de trabalho para exercerem a profissão com
ética. O CREMERJ vai questionar a Secretaria
Municipal de Saúde para saber o que está
acontecendo. Nossa função é fiscalizar
e assegurar boas condições de trabalho,
porque só assim é possível garantir
um atendimento de qualidade à população.
Sobre os recursos humanos, enquanto não houver
concurso público com salários dignos
e carreira de Estado para o médico, a situação
continuará caótica”, declarou
Vera.
|