fonte:
CREMERJ
Os médicos residentes decidiram
suspender a paralisação prevista para
a quarta-feira, 29, e a possibilidade de greve no
dia 5 de julho. A decisão foi tomada durante
assembleia organizada pela Associação
de Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro
(Amererj), realizada no dia 27, na sede do CREMERJ.
A Presidência da República
publicou, na sexta-feira, 24, a Medida Provisória
536, que assegura aos residentes uma bolsa auxílio
de R$ 2.384,82 por 60h/semanais, em regime especial
de treinamento em serviço, além de licença-paternidade
de cinco dias ou licença-maternidade de 120
dias.
A MP, que entrou em vigor no dia
da sua publicação, prevê ainda
que as instituições de saúde
responsáveis por programas de residência
médica deverão oferecer aos residentes
condições adequadas para repouso e higiene
pessoal durante os plantões, alimentação
e moradia, quando comprovada a necessidade. A MP tem
60 dias para ser editada e outros 60 dias para ser
votada.
A presidente da Amererj, Beatriz
Costa, disse que a entidade continuará a lutar,
através de abaixo-assinados e solicitações
de audiências com os parlamentares, pela retirada
do trecho do texto que especifica o direito à
moradia "quando comprovada a necessidade"
e pela aprovação da emenda apresentada
pela deputada Jandira Feghali, que institui reajustes
anuais à bolsa do residente.
“Manter o auxílio-moradia
foi uma vitória, mas somos contra ter que comprovar
a necessidade do benefício. É muito
complexo buscar e apresentar um atestado de pobreza”,
observou Beatriz Costa, que presidiu a mesa da assembleia,
ao lado de Daniel César e Eduardo Uchôa,
respectivamente, o vice-presidente e o tesoureiro
da Amererj.
Ela lembrou ainda que o aumento da
bolsa para $ 2.384,82 não compensa a perda
de mais de 38% nos últimos anos.
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