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29.07.2013

ANS se defende: escolha da diretoria é criteriosa

fonte: O Globo

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), André Longo, em reposta às críticas feitas pela professora Lígia Bahia à reguladora, afirma, em nota, que as acusações são “sem provas, propagam inverdades, prestam desserviços à sociedade.”

Segundo o texto de Longo, a instituição é composta por um “corpo técnico altamente qualificado e voltado ao interesse público”. A nota destaca, ainda, que a diretoria colegiada do órgão regulador passar por “criteriosa pesquisa” feita pela Casa Civil e por sabatina do Senado Federal e votação em plenário e que, só então, acontece a nomeação pela Presidência da República.

O diretor da ANS destaca entre os avanços a solução de 78% dos conflitos referentes à cobertura assistencial mediados em 2012; a suspensão da comercialização de 396 planos de 56 operados, no mesmo período, devido a descumprimento de prazos de atendimento; e a criação de regras para reajustes de planos coletivos com mais de 30 beneficiários.

O comunicado ressalta o fato de 99 empresas estarem submetidas a monitoramento in loco da agência e de outras 77 terem sido retiradas compulsoriamente do mercado pela reguladora.

Ainda em resposta às críticas da professora sobre o beneficiamento de operadoras no que tange aos repasse ao SUS, Longo ratifica que, nos últimos dois anos, foram repassados ao sistema público cerca de R$ 166 milhões, um valor é recorde em relação ao ressarcimento ao SUS desde 2001. O que, segundo ele, comprovaria que a especialista está equivocada.

Dedução no Imposto de Renda

A professora Lígia Bahia também se diz contra o abatimento das despesas com planos e seguros saúde no Imposto de Renda. Para ela, essa medida acaba subsidiando quem tem renda mais alta e paga pela saúde privada, em detrimento sistema público que atende a fatia mais pobre da população.

- Como o abatimento é ilimitado, quanto mais caro você pagar pelo plano menos você pagará de imposto. Esse subsídio fiscal acaba sendo um sequestro de recursos que deveriam ser investidos no SUS – diz.

Segundo Lígia Bahia, além do desconto no IR, as empresas de saúde privada têm isenção de outros impostos como Cofins, Contribuição Sobre Lucro Líquido e há vários hospitais privados livres de outros impostos por serem considerados como entidades filantrópicas, o que acaba criando um sistema de saúde privado ajudado por dinheiro público.

- É um tipo de política tributária desfavorável ao sistema de saúde universal. O sistema de saúde privado fica dependente de favores políticos e deixa de ter o que há de melhor no setor privado, que é a competição e a busca por inovação.

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