O Cremerj
também exige que os profissionais estrangeiros
forneçam o endereço da clínica
onde irão trabalhar no estado, o nome do supervisor
e uma carta garantindo o domínio da língua
portuguesa.
Para o diretor do Instituto de Saúde
da Comunidade da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Aluísio Gomes da Silva Junior, o programa tem
pontos positivos, mas alguns precisam ser revistos.
"Há pontos da política do Programa
Mais Médicos que nós concordamos, mas
ainda temos que discutir muitas coisas sobre a carreira
de médicos no SUS [Sistema Único de
Saúde]. Eu tenho consciência que o Ministério
da Saúde faz um certo esforço para melhorar
as condições de trabalho, mas a questão
da carreira não está colocada e isso
é importante para manter a continuidade do
programa. As questões dos cargos e salários
ainda não estão resolvidas", disse.
"A UFF não aderiu ao
Mais Médicos e nós ainda estamos discutindo
sobre participar e de que maneira nós vamos
participar do programa. Os nossos alunos estão
em contato com o SUS [Sistema Único de Saúde]
desde o primeiro período e por isso a participação
da universidade tem que ser diferente, pois a nossa
formação é no SUS", completou.
A Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (Unirio) e a Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) também avisaram que
não participarão do Programa Mais Médicos.
A Unirio decidiu não aderir após uma
reunião ocorrida no dia 24 de julho. De acordo
com a nota, "o colegiado da Escola de Medicina
e Cirurgia da Unirio deliberou sobre o Programa Mais
Médicos e rejeitou por unanimidade a adesão."
Já a UFRJ informou que mantém
o posicionamento desde a nota oficial divulgada no
dia 1º de agosto por sua Faculdade de Medicina.
Na nota, a universidade declara que "a congregação
da Faculdade de Medicina considera equivocada a redução
do complexo problema da saúde pública
no Brasil à falta de médicos".
Procurado pela Agência Brasil,
Ministério da Educação (MEC),
que é responsável pela parte de supervisão
do Mais Médicos, esclareceu que todos os estados
já têm tutoria definida para o programa.
A assessoria, no entanto, não soube especificar
quem será o responsável pelos tutores
no estado do Rio de Janeiro.
O Ministério da Saúde
informou, por meio de nota, que é favorável
a carreiras de Estado, no âmbito federal, estadual
e municipal. Uma das propostas da pasta é que
o médico que ingressar na carreira de Estado
tenha dedicação exclusiva. De acordo
com a proposta o médico tem que estar presente
todos os dias em uma unidade de saúde, trabalhando
ao todo por 40 horas semanais.
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