O currículo
foi encaminhado pela presidência da República
ao Senado no processo de sabatina e é uma das
referências dos senadores para avaliação
do nome. A revelação do Estado provocou
uma série de manifestações de
órgãos de defesa do consumidor que pediram
a saída de Elano. É a primeira vez que
um diretor da ANS deixa o cargo sob questionamentos
éticos.
O Estado também revelou que
Elano assinou dezenas de ações em defesa
da Hapvida, quando trabalhou para a empresa com carteira
assinada, contra a ANS. Ele havia justificado que
não incluiu o trabalho para a operadora porque
apenas advogou para a empresa, mas o Estado revelou
que ele foi diretor, com carteira assinada.
Em nota divulgada nesta quinta, Elano
afirma que a decisão da comissão de
ética foi "equivocada" e que não
apontou conflito de interesse, mesmo assim pediu sua
destituição. A comissão ainda
não divulgou oficialmente sua determinação.
O pedido de análise do caso pela comissão
foi determinado pela presidente Dilma Rousseff logo
após a revelação do fato pelo
Estado. Leia a nota do diretor:
"ELANO RODRIGUES DE FIGUEIREDO,
brasileiro, casado, vem muito respeitosamente expor
e requerer o seguinte:
1. Fui nomeado, por Vossa Excelência,
Diretor da Agência Nacional de Saúde
Suplementar - ANS, cargo no qual tomei posse em 02/08/2013.
2. Na data de hoje, a Comissão
de Ética dessa Digna Presidência da República
entendeu, equivocadamente, que deveria recomendar
a minha destituição do cargo em alusão,
ainda que reconhecendo não haver conflito de
interesses na minha situação.
3. Com isto, mesmo convicto de
que não pratiquei nenhuma irregularidade, seja
ética, moral ou legal, penso que o referido
pronunciamento torna insustentável a continuidade
do cumprimento do meu mandato.
4. Sirvo-me da presente, portanto,
para agradecer a confiança depositada mas,
diante do fato, renunciar ao mandato que me foi conferido
por Vossa Excelência, pedindo que determine
as providências legais cabíveis.
Rio de Janeiro, 02 de outubro
de 2013.
Elano Rodrigues de Figueiredo" |