Os
médicos darão cartão vermelho
contra os abusos cometidos pelas operadoras, como
falta de reajustes de honorários ou a interferência
na autonomia dos profissionais. O movimento quer chamar
a atenção da sociedade para os excessos
praticados pelas empresas que penalizam os profissionais
e, sobretudo, os pacientes. Entre os problemas relacionados
pelas entidades médicas aparecem a negativa
em negociar a revisão dos honorários
médicos, a oferta de percentuais irrisórios
ou a manutenção de medidas que interferem
no atendimento dos pacientes.
A paralisação é um desdobramento
direto do ato de 7 de abril, quando houve mobilização
nacional dos médicos contra os problemas observados
na saúde suplementar. A decisão do formato
da paralisação será feita pelas
entidades médicas estaduais. Em alguns Estados,
a paralisação será feita apenas
contra alguns planos, cujos nomes serão divulgados
previamente aos médicos e à sociedade.
No entanto, em outros há a intenção
de suspender o atendimento de forma generalizada por
conta de especificidades locais.
Em Brasília, representantes de conselhos de
medicina, de sindicatos médicos, e de associações
e sociedades de especialidades definiram os últimos
detalhes para o movimento. “O nosso movimento
já é vitorioso, pois tem conseguido
rearticular as entidades médicas de todo o
país em torno do objetivo comum dos médicos.
Dentre eles, a nossa relação com os
planos de saúde e a busca do atendimento ético
aos nossos pacientes”, pontuou o coordenador
da Comissão Nacional de Saúde Suplementar
(COMSU) e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina
(CFM), Aloísio Tibiriçá.
Na véspera da paralisação (20
de setembro), os médicos concederão
coletiva de imprensa para expor as reivindicações
da categoria. As entidades também solicitarão
uma audiência com o ministro Alexandre Padilha.
A categoria exige das operadoras a revisão
dos valores pagos por consultas e outros serviços,
tendo como parâmetro e referencia a Classificação
Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos
(CBHPM). Também cobram o fim da interferência
antiética das operadoras na autonomia do profissional.
No entanto, a reorganização da própria
assistência suplementar também está
na pauta dos profissionais.
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