A iniciativa
faz parte do programa Qualiss, desenvolvido pela ANS
para tentar melhorar o controle sobre a qualidade
do serviço prestado. "O programa vai pontuar,
por um conjunto de atributos de qualificação,
tanto os profissionais quanto a rede hospitalar, clínica
e de laboratórios que têm convênio
com operadoras. Queremos avaliar a qualidade desse
serviço que está sendo prestado ao consumidor
para dar mais segurança e, também, para
divulgar esses indicadores e facilitar a escolha do
consumidor quando for buscar algum tipo de serviço",
disse Longo.
Entre os atributos que serão
medidos estão, entre os hospitais, taxa de
infecção hospitalar, taxa de mortalidade
cirúrgica, acessibilidade à pessoa com
deficiência, tempo de espera na urgência
e emergência e satisfação do cliente.
Os médicos que atendem em consultórios
também serão avaliados "Vamos ver
se ele tem residência médica, se tem
alguma especialização, se atende aos
registros necessários da Vigilância Sanitária,
se participa de programas como o Notivisa, que é
de notificação compulsória de
eventos na vigilância sanitária",
explica o diretor-presidente da ANS.
As operadoras que não publicarem
as informações passadas pelo prestador
de serviço levarão multa de R$ 35 mil.
Reclamações. Longo
afirmou ainda que, também em março,
a ANS usará o mesmo rigor para todas as reclamações
recebidas contra planos de saúde, incluindo
as falhas não relacionadas à cobertura.
Hoje, a agência só dá um prazo
máximo para as operadoras responderem a esse
tipo de problema. A partir do dia 19 do mês
que vem, as reclamações sobre outros
assuntos, como reajustes abusivos e quebras de contrato,
receberão o mesmo tratamento e terão
um prazo para fornecer respostas.
"Hoje, essas demandas são
tratadas sem um fluxo de tempo para a resposta. Isso
vai passar a existir, e o consumidor vai poder, até
mesmo, acompanhar as suas demandas no site da agência",
disse.
Segundo Longo, somente no ano passado,
a ANS recebeu mais de 100 mil reclamações.
Cerca de 70 mil delas foram relacionadas à
cobertura. |