fonte: G1
Um paciente do Hospital Federal do Andaraí está perdendo a visão por conta de um tumor no cérebro, como mostrou o RJTV desta quinta-feira (6). A cirurgia que poderia impedir o avanço da doença já foi marcada oito vezes, mas ele continua na fila de cirurgia. Há 3 meses, Alan Jackson descobriu que tinha um tumor e foi internado. Desde então, espera pela operação que pode devolver a visão. Na semana passada, no entanto, ele recebeu a informação de que a cirurgia foi adiada novamente.
A situação é parecida com a de outros hospitais federais, que também enfrentam uma greve de funcionários. De acordo com último levantamento da Defensoria Pública da União (DPU), só no Hospital do Andaraí são 3,5 mil pacientes à espera de uma cirurgia. Contando todas as unidades em greve, são 16 mil pessoas na fila e a espera pode chegar a cinco anos.
Em março, o Into apresentou um plano para a redução das filas com a atualização dos dados pacientes e reavaliações das filas de espera. A situação foi agravada no início de julho, quando os profissionais do setor entraram em greve.
O departamento de gestão hospitalar do Ministério da Saúde afirma que Alan Jackson está recebendo o “atendimento necessário”, mas diz que as cirurgias de emergência teriam prioridade. A pasta diz que a greve não está impedindo o atendimento aos pacientes.
A greve
Uma greve que atinge seis hospitais federais do Rio suspendeu cirurgias e procedimentos ambulatoriais considerados de baixa urgência. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do estado do Rio (Sindsprev-RJ), as reivindicações são: reajuste de 27%, equiparação da tabela salarial do INSS, incorporação da Gratificação de Desempenho da Previdência da Saúde e do Trabalho, garantia da jornada de 30 horas para todos os servidores do Ministério da Saúde, defesa do duplo-vínculo, concurso, condições de trabalho, inclusão dos médicos na carreira e fim das privatizações.
De acordo com o Sindsprev-RJ, a greve começou parcialmente no dia 7 de julho, no Hospital Cardoso Fontes. Desde semana passada, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Hospital de Ipanema, Hospital da Lagoa, Bonsucesso e o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras (INC) aderiram a greve.
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