fonte: Extra

Em meio à crise econômica que tem obrigado o Governo do Estado a fazer cortes em todas as pastas, a Secretaria estadual de Saúde do Rio vai pagar R$ 1,7 milhão para uma empresa distribuir brindes como chaveiros, bonés, calendários, estojos e até réguas com calculadoras para ações de prevenções de doenças. O contrato será de 12 meses. A convocação para o pregão eletrônico foi divulgada no Diário Oficial (DO) do estado da última segunda-feira.

Na primeira publicação, consta que a companhia vencedora será contratada “para confecção e fornecimento de brindes”. Nessa quarta-feira, foi feita uma retificação no D.O., e o texto foi modificado para “Contratação de empresa especializada para confecção e fornecimento de material personalizado para distribuição gratuita”. No edital de licitação, publicado no site da Secretaria de Saúde, consta que o material comprado será entregue na Coordenação Geral de Armazenamento (CGA) da pasta, em Niterói, mesmo local onde foram encontradas, na segunda-feira, mais de 300 toneladas de medicamentos e materiais hospitalares fora da validade.

Ainda no edital, consta que uma pequena parte dos materiais licitados (que totalizam um montante de R$ 44.790), sairão das contas da Agetransp e do Centro Universitário Uezo, que aderiram à mesma licitação.

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A Secretaria de Saúde esclareceu que a verba será utilizada em campanhas de prevenção de doenças como zika, dengue DST e Aids. A pasta acrescentou que os recursos utilizados são provenientes do Ministério da Saúde, “referentes à rubrica de Vigilância em Saúde ”, sendo obrigatório seu investimento nessas ações.

– Não é porque estamos em crise que posso deixar de evitar doenças. Sou um defensor dessas verbas chamadas carimbadas, porque você não tem que deixar de fazer esse tipo de ação. Se eu conseguir conscientizar as pessoas, esse investimento vale a pena – defendeu Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde.

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O economista Francisco Barone, no entanto, discorda:

– Sem dúvidas, isso (ações de conscientização) não é uma prioridade nesse momento de crise. Não é um gasto que deveria ocorrer agora – avalia.