fonte: CREMERJ
A Comissão de Saúde Pública do CREMERJ recebeu nessa terça-feira, 20, o subsecretário de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), Sergio Gama, para discutir a continuidade da assistência neonatal nos hospitais conveniados com o governo do Estado. Membros da comissão, os diretores do Conselho Nelson Nahon, Gil Simões e Ana Maria Cabral também cobraram um posicionamento sobre a superlotação do Hospital da Mulher Heloneida Studart e a falta de pediatras no Hospital Estadual da Mãe.
>De acordo com Nahon, denúncias feitas ao CREMERJ dariam conta de que as empresas credenciadas pela SES para assistência neonatal suspenderiam o atendimento devido à falta de pagamento. São 250 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), divididos em 19 unidades hospitalares particulares, que atendem pacientes dos 92 municípios do Estado.
“Chamamos o subsecretário porque essa denúncia é muito preocupante. A suspensão desses atendimentos representa uma grande quantidade de bebês desassistidos. Como temos destacado, sabemos que existe uma crise econômica, mas a saúde deve ser tratada com prioridade”, disse Nahon.
Sergio Gama explicou que estão pendentes com essas empresas quatro meses de pagamento, referentes aos períodos de outubro, novembro e dezembro de 2015 e fevereiro deste ano. Segundo ele, a SES tem realizado reuniões com os gestores de todas as empresas para negociar a quitação das dívidas. Ainda de acordo com ele, os serviços não correm o risco de serem suspensos.
“Temos reunido esforços para quitar esse débito. Os representantes das empresas têm sido compreensivos com a situação do Estado e estão dispostos a negociar os pagamentos. Em breve essa situação será solucionada”, afirmou o subsecretário.
Os conselheiros ainda questionaram a sobrecarga no atendimento do Hospital da Mulher Heloneida Studart. Gama informou que a SES está fazendo o remanejamento dos pacientes para diminuir a lotação.
A falta de pediatra no Hospital Estadual da Mãe, constatada durante fiscalização do CREMERJ, também foi indagada pelos conselheiros.
Segundo informações levantadas pela vistoria, os pediatras se dividem entre a Unidade Intensiva (UI) e as salas de partos. O subsecretário, por sua vez, disse que pediatras serão contratados após a construção da nova ala, que terá 28 leitos de maternidade e uma UTI Neonatal.
“Esse projeto já está sendo executado e está praticamente pronto. Essas obras irão atender a uma demanda antiga da unidade, que é referência em atendimentos na Baixada Fluminense”, concluiu o subsecretário.