fonte: CREMERJ

A vice-presidente do CREMERJ Ana Maria Cabral e a conselheira Vera Lúcia Fonseca se reuniram nessa terça-feira, 14, com o diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Eduardo Côrtes. O encontro, realizado na sede do hospital, teve como tema as obras de reestruturação da unidade e o déficit de recursos humanos.

“Não podemos aceitar que um hospital que teve mais de 500 leitos, hoje esteja com apenas 260 ativos. Ainda mais em um local tão carente de CTI e leitos, como o Rio de Janeiro. Por isso, fomos à luta e já conseguimos uma vitória: parte das verbas para as obras”, explicou o diretor do HU.

Com essa preocupação, desde 2014 o diretor dialoga com parlamentares federais sobre a importância de mais recursos para a instituição. O resultado foi à aprovação de emendas que permitiram o início das obras de reparo das instalações e o aumento de leitos, fundamental para a formação dos residentes e para o atendimento aos pacientes.

No entanto, a população ainda não tem acesso a essas melhorias devido a um entrave: a falta de profissionais para absorver a demanda de doentes. Cerca de 70 leitos, na enfermaria e no CTI, estão vazios por falta de pessoal para realizar os atendimentos. Para reverter esse quadro, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública com pedido de liminar para que possa ser realizado um concurso público de forma emergencial. Se aprovado, serão oferecidas 773 vagas.

Ainda segundo o diretor do HUCFF, a previsão é de que em dois meses sejam concluídas as obras na farmácia, nas enfermarias e nos 17 leitos do CTI. O planejamento é que em 2017 parte das intervenções na rede hidráulica e de estabilização do prédio sejam finalizadas.

“Com esses recursos, o hospital passará de 265 para 410 leitos até o fim deste ano. A próxima luta é conseguir mais verbas e ampliar o número de pessoal para aumentar o atendimento no hospital. Nós não vamos parar de lutar”, concluiu Eduardo.

Para a vice-presidente do CREMERJ, a maior preocupação é com a qualidade do ensino médico e do atendimento à população. “Com a conquista da verba para as obras de melhorias, talvez a gente possa vislumbrar aquilo que a população e os residentes necessitam. Vamos torcer para que as três esferas do governo olhem com atenção e vejam que a saúde deve estar em primeiro lugar”, disse Ana Maria.