fonte: O Globo

Em agonia devido à falta de recursos, os hospitais universitários do país finalmente receberão um alento. O Ministério da Saúde liberou na última sexta-feira cerca de R$ 137 milhões para 55 instituições de ensino responsáveis por hospitais no país. Do total, R$ 9,9 milhões são destinados a oito unidades do Rio.

De acordo com a pasta, o valor serve para custear o serviço ambulatorial e de internação. Neste ano, o ministério afirma que já investiu cerca de R$ 910 milhões nas unidades espalhadas pelo país.

— O Ministério da Saúde tem atenção e cuidado com os hospitais de ensino, pois sabe que eles complementam as redes hospitalares e ambulatoriais locais e, em alguns municípios, são a principal oferta desses serviços — afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

SUCATEAMENTO

A verba liberada na última sexta compõe o Limite Financeiro de Média e Alta Complexidade (Teto MAC), que não é a única fonte de recursos para os hospitais universitários. Além dela, há as verbas transferidas por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais, que neste ano repassou R$ 230 milhões.

Desde o final do ano passado, O GLOBO vem mostrando as dificuldades enfrentadas diariamente pelos quatro grandes hospitais universitários do Rio, o Clementino Fraga Filho (UFRJ), Gaffrée e Guinle (Unirio), Antonio Pedro (UFF) e Pedro Ernesto (Uerj). No caso deste último, a situação, que já era caótica, foi acentuada pela crise do estado.

Em dezembro do ano passado, o Clementino Fraga chegou a suspender parte de suas atividades e teve redução drástica no número de leitos. Situação semelhante aconteceu no Gaffrée Guinle e no Antonio Pedro, onde funcionários fizeram protestos contra o sucateamento dos hospitais.