fonte: Blog Emergências / O Globo
O Ministério da Saúde anunciou, dia 24 passado, que contrataria 3.592 profissionais para os hospitais e institutos federais no Rio. As inscrições já contam com mais de 20 mil interessados e seguem a todo vapor. No entando, o médico Nelson Nahon, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), diz que, na verdade, só serão abertas 140 novas vagas, pois a “grande maioria dessas vagas é para renovação de contratos encerrados ou próximos do fim”.
A assessoria de comunicação do Cremerj divulgou que a informação é do próprio diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Rio, Alessandro Magno Coutinho, reponsável pela rede federal no Rio. Ela foi dada em reunião, ontem, com representantes da Comissão Externa da Câmara dos Deputados Federais, do corpo clínicos de unidades federais e do conselho regional de médicos.
Por sua vez, o Ministério da Saúde, por meio de sua assessoria de comunicação, afirma que “o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde não reconhece como fala dele o número de 140 profissionais a mais”. Porém, não nega a informação.
Após perceberem que o número de novas vagas não seria o anunciado, Nelson Nahon e Gil Simões, presidente e diretor do Cremerj, retiraram-se da reunião em protesto.
– Voltamos à estaca zero. O déficit de recursos humanos nos hospitais e institutos federais do Rio é enorme, principalmente no HFB, no Hospital Federal do Andaraí e no Hospital Federal Cardoso Fontes, e o Ministério da Saúde está negando essa falta de médicos abrindo tão poucas vagas, contrariando até mesmo uma ação na justiça que determina a obrigação de mais contratações. O Cremerj optou sair da reunião em protesto ao retrocesso na discussão e voltará apenas quando o DGH tiver uma proposta decente e satisfatória – dispara Nelson.
As inscrições para o processo seletivo terminam dia 30 deste mês. O Ministério da Saúde explica que o trabalho destes profissionais vai ampliar “em 20% os atendimentos de oncologia, cardiologia e ortopedia, apontados como as grandes demandas atuais em alta complexidade no Rio de Janeiro”