fonte: Saúde Business
Os cuidados à saúde e a busca por maior eficiência na administração hospitalar nunca foram tão necessários, considerando a crescente demanda por atendimentos intensivos exigidos por grande parcela da população contaminada pelo novo coronavírus (COVID-19). O objetivo é otimizar o atendimento e aumentar a segurança durante o tratamento de pacientes que necessitam de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) e enfermarias no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (HCFMUSP).
“A gente iniciou a fase de testes da plataforma, que poderá controlar, de forma remota, os ambientes hospitalares”, explica Marco Bego, diretor executivo do Instituto de Radiologia (InRad) e diretor do InovaHC. Trata-se de um projeto-piloto em fase final de testes no InovaHc – braço de tecnologia do HCFMUSP, o maior complexo hospitalar brasileiro. Bombas de infusão de fármacos, ventiladores e monitores multiparamétricos essenciais nos leitos de UTIs são os primeiros equipamentos monitorados à distância. Por meio das telas do software, os profissionais de saúde poderão operar estes equipamentos em salas adjacentes aos leitos onde são preparadas as medicações.
“O objetivo é reduzir os riscos de contaminação à COVID-19 por parte dos profissionais de saúde para que possam tratar dos pacientes em estado grave com mais segurança, qualidade e agilidade. Diversos procedimentos, a exemplo da dosagem dos fármacos nas bombas de infusão, antes realizados manualmente, agora poderão ser executadas de forma remota. Além disso, não sendo mais necessária a presença constante destes profissionais nos leitos, haverá também redução nos custos com os equipamentos de proteção individual (EPIs), como aventais, luvas, propés e máscaras”, aponta Fábio Correa, diretor de Engenharia do HCFMUSP e líder do projeto.
Para prover a comunicação do software com os equipamentos monitorados, as empresas responsáveis pela tecnologia têm desenvolvido drivers de comunicação para diversos equipamentos presentes em leitos hospitalares, com protocolos próprios (B.Braun, Philips Respironics e HL7). Por meio deles, a plataforma E3 consegue interagir e se conectar às bombas de infusão, ventiladores e respiradores, sendo capaz de monitorar dados do paciente, emitir alarmes e até mesmo modificar parâmetros remotamente. Importante salientar que as soluções são compatíveis ou adaptáveis a equipamentos de diferentes fabricantes, facilitando assim a expansão da aplicação para automação de diferentes sistemas hospitalares.