Fonte: Agência Câmara de Notícias

O compromisso de alcançar a saúde financeira da rede de 40 hospitais universitários, dificultado pelas restrições orçamentárias agravadas durante o período da pandemia do coronavírus, impede que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) assuma a gestão de outras unidades.

A explicação foi dada pelo vice-presidente da empresa, Eduardo Vieira, em audiência pública nesta sexta-feira (2) na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele apontou como um dos entraves ao equilíbrio econômico da rede a falta de pagamento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por serviços prestados por hospitais universitários.

“Muitos hospitais da rede não estão dentro do que a gente deseja, que é a sustentabilidade econômica e financeira. Como eles têm a folha de pagamento já sustentada pela parte federal, o restante do custeio teria que ser bancado, teria que ser equacionado apenas com a receita da sua produção ao SUS, mas não é o que acontece em muitos dos nossos hospitais”, disse.

Convênios

Eduardo Vieira informou que, atualmente, 42 universidades federais em todo o País têm cursos de Medicina, mas não possuem hospitais universitários. Para tentar minimizar esse problema, quase R$ 40 milhões foram repassados em 2020 pelo Ministério da Educação a essas universidades, para que fossem feitos convênios com unidades de saúde locais.