fonte: O Globo
Dasa e Amil fecharam o acordo para reunir grande parte dos seus hospitais em uma nova empresa, entre eles as redes Samaritano e Américas, o Pró-Cardíaco e o São Lucas, disseram fontes a par da transação. Procuradas, as companhias não comentaram o assunto.
O acordo será um alívio para a estrutura de capital da Dasa, dona de grandes laboratórios como Sérgio Franco, Lâmina e Delboni, mas que vem esbarrando em alavancagem elevada. (Há poucos meses, a companhia da família Godoy Bueno levantou R$ 1,5 bilhão com uma venda de ações para aliviar essa pressão…). A operação também deve representar uma vitória para José Seripieri Filho, o Júnior, que foi o fundador da Qualicorp e comprou a Amil no fim do ano passado em uma transação avaliada em R$ 11 bilhões.
Há poucas semanas, a Rede D´Or e a Atlântica, da Bradesco Seguros, criaram uma nova rede de hospitais juntas. Com investimento inicial de R$ 1,15 bilhão, a sociedade vai financiar a construção de três unidades em Macaé (RJ), Alphaville (SP) e Guarulhos (SP).
A transação com a Amil não inclui a rede de diagnóstico da Dasa, nem os hospitais da Rede Américas (Amil) localizados em Ceará e Rio Grande do Norte e os hospitais verticalizados da Amil. Pelo lado da Dasa, 12 hospitais fazem parte da operação.
A notícia sobre a iminência do fechamento do acordo, que vinha sendo negociado ao longo dos últimos meses, foi primeiro publicada na coluna do jornalista Guilherme Amado, no site Metrópoles, e confirmada pela coluna junto a fontes que acompanham a operação.
O negócio cria uma companhia na qual metade das ações ficará com cada uma das sócias. Conforme a Dasa havia informado ao mercado na semana passada, além de reunir os hospitais, a transação prevê a transferência R$ 3,85 bilhões em dívidas da Dasa para a nova companhia.
Ainda não está claro se o acordo que está sendo fechado hoje preserva as mesmas cifras que vinham sendo discutidas ao longo das últimas semanas.
O BTG Pactual assessorou a Dasa, e o BR Partners assessorou a Amil.
Além da Amil — que, aliás, foi fundada lá atrás justamente pela família Godoy Bueno —, a Dasa sentou na mesa para negociar com o empresário Nelson Tanure, interessado em uma fusão com sua empresa de medicina diagnóstica, a Alliança.