fonte: CFM

A eleição para a escolha dos representantes (efetivos e suplentes) das 27 unidades da Federação do País que comporão o Conselho Federal de Medicina (CFM) entre 2024 e 2029 foi encerrada às 20h desta quarta-feira (7). Sem qualquer intercorrência, mais de 408 mil médicos votaram. Essa é a maior marca da história da Autarquia em eleições de qualquer natureza. Do total de 598.573 médicos ativos no País, 543.395 estavam aptos a votar, ou seja, estavam com seus dados cadastrais atualizados e não possuíam pendências administrativas ou financeiras com os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Ao todo, 75% dos médicos votantes participaram do pleito. Estavam na disputa 73 chapas e 146 candidatos.

De acordo com a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que, juntamente com as 27 Comissões Regionais Eleitorais (CREs), esteve à frente de todo o processo eleitoral, o pleito foi marcado por tranquilidade, eficiência e segurança. Pela primeira vez, a escolha dos conselheiros federais do CFM foi realizada online, sendo que os eleitos tomam posse num mandato que se inicia em 1º de outubro de 2024 e se estende até 30 de setembro de 2029. Os resultados completos por estado estão disponíveis no site oficial da eleição.

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“Creio que cumprimos com louvor a missão de promover uma eleição moderna, transparente e segura em todo o País. Para mim, realmente foi uma honra ter dirigido os trabalhos da CNE diante de um pleito imenso e complexo. Temos certeza de que os médicos votaram com sabedoria e inspirados pela ética que rege o exercício de nossa profissão”, resumiu o presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Aldemir Humberto Soares.

Segundo ele, não há dúvidas de que esse processo eleitoral foi marcado pela confiança no sistema de votação, na transparência dos dados e das informações e na agilidade da apuração e divulgação dos resultados e serve de exemplo para o Brasil. “Espero que o CFM e os CRMs continuem a contribuir com o País, com a medicina, com os médicos e, principalmente, com os pacientes brasileiros”, declarou.

Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, os números impressionam e a alta participação responde ao esforço de planejamento para a votação. “Para que os médicos pudessem exercer o direito do voto, nossas equipes trabalharam sem trégua para garantir o funcionamento dos sistemas e dar ampla publicidade a esse pleito de grande relevância para a medicina e para a saúde do País”, afirmou.

Ele agradeceu aos eleitores pela relevância atribuída ao pleito e pelo compromisso com o exercício de sua cidadania. Segundo Gallo, os frutos virão: “tenho confiança de que os conselheiros federais eleitos retribuirão essa ida às urnas com trabalho sério e comprometido com a ciência, com a vida e com a saúde, sempre respeitando os limites da lei e da ética”, observou.

Boletins – Ao longo dos dois dias de votação, 6 e 7 de agosto, a Coordenação de Comunicação do CFM divulgou boletins em entradas ao vivo pelo canal do Conselho no Youtube, que foram retransmitidos, simultaneamente, nos perfis da autarquia no Instagram e no Facebook. Na oportunidade, a equipe apresentou dados e informações sobre como votar e os percentuais de participação em todos os estados do país.

Ao contrário das eleições passadas, em 2019, em que os médicos precisavam se dirigir aos locais de votação ou votar por correspondência, desta vez a votação foi online. A novidade foi reflexo do êxito das Eleições para os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), realizadas em 2023 e que contaram com cerca de 80% de participação dos profissionais aptos a votar.

Segurança – Além de uma empresa de auditoria externa contratada para acompanhar todo o processo eleitoral, The Perfect Link, observadores externos também foram convidados pelo CFM. Polícia Federal (PF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) nomearam representantes para acompanhar o processo.

Cada estado da Federação e o Distrito Federal elegeram dois conselheiros federais (um efetivo e um suplente) para compor o Plenário até setembro de 2029. A campanha eleitoral se iniciou em junho, depois do registro das candidaturas. O pleito foi regulamentado pela Resolução CFM nº 2.335/2023, publicada um ano antes.

Engajamento – Para estimular a participação dos médicos, o CFM implementou uma intensa campanha publicitária explicando aos médicos detalhes do processo, enfatizando a necessidade de atualização dos dados cadastrais e reforçando a importância do voto. Desde abril, foram enviados pelo menos 20 e-mails marketing para os médicos brasileiros.

Além dos e-mails marketing, desde abril, o CFM postou cerca de 30 materiais inéditos em seus perfis de redes sociais. Esse conteúdo teve grande repercussão: as postagens alcançaram um total de 232 mil pessoas no Facebook e no Instagram. Entre os materiais publicados, destacaram-se oito vídeos institucionais e tutoriais. O conteúdo também foi disponibilizado aos CRMs para que reforcem com suas equipes locais a publicização dos dados do pleito. O material informativo também foi encaminhado nos grupos organizados pelo CFM no WhatsApp para envio de mensagens e comunicados institucionais.

Com o encerramento do pleito, o presidente do CFM espera que as lideranças médicas unam forças em torno de pautas urgentes, como a defesa do ato médico, a valorização da medicina, a melhoria da assistência e a qualificação do ensino e da residência médicos, entre outros temas. “Sem dúvida, essa agenda pública não está dissociada dos anseios e demandas da sociedade e dos médicos, que encontrarão no CFM uma autarquia pronta a atuar em prol dos interesses da coletividade, de forma isenta e sem alinhamentos de qualquer natureza”, disse.