fonte: CREMERJ
O CREMERJ fez um levantamento das notificações de casos de agressões a médicos, que foram recebidas de dezembro de 2018 a agosto deste ano. Na análise, fica claro que as mulheres foram as mais atingidas, sendo 59% dos episódios, enquanto os homens foram 41%.
Sobre o perfil do agressor, o paciente encabeça a lista, aparecendo em 75% das ocorrências. Já outros médicos (7%), médico/diretor (6%), chefe de plantão/médico (3%) e outros (9%) surgem em seguida.
Os tipos de violência mais sofrida foram: verbal (57%), assédio moral (14%), por rede social (12%), física (9%) e outros (9%). A maior parte dos casos ocorreu na rede pública (69%), sendo 48% na esfera municipal, 19% estadual e 4% federal. Como a saúde pública está deteriorada, este percentual é maior. Trinta e um por cento (31%) dos episódios aconteceram na área privada, sendo 29% deles, especificamente, em unidades particulares.
Sessenta por cento (60%) dos médicos agredidos tinham menos de dez anos de formatura e menos de 40 anos de idade. Esse é o perfil do médico jovem, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM). E é a massa que está na linha de frente dos atendimentos, daí o seu percentual maior. Já 40% dos profissionais tinham mais de dez anos de formatura e mais de 40 anos de idade.
Só na cidade do Rio de Janeiro foram 42 casos de agressões a médicos notificados. Avaliando por área, Ramos, Méier, Madureira, Inhaúma, Penha, Pavuna e Ilha do Governador tiveram 17 registros; Zona Sul e Tijuca, 9; Centro, 6; Jacarepaguá e Barra da Tijuca, 7; Bangu, Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba, 1; e outros municípios, 29.
De janeiro a maio, foi o período em que o maior número de denúncias ocorreu. No total, foram 45 notificações recebidas.
“O canal “Notificação sobre agressão no exercício da Medicina” existe para que os médicos possam notificar o CREMERJ para que esses acontecimentos graves não se percam no dia a dia da Medicina”, destacou o diretor Ricardo Farias, conselheiro responsável pelo projeto.