fonte: CREMERJ
O CREMERJ se reuniu nessa terça-feira, 23, com os residentes do serviço de cirurgia vascular do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), que iniciaram um movimento de greve desde o dia 18 de junho. Os médicos relataram problemas que envolvem mudanças na gestão do serviço e que, segundo eles, afetam diretamente a qualidade do programa de residência médica.
Em carta enviada no dia 10 de junho à direção do hospital, à Comissão de Residência Médica do HFSE e aos membros do corpo clínico do serviço, os residentes descreveram a situação, que já dura três meses, e listaram diversos problemas, como o afastamento de preceptores e a falta de estímulo do corpo clínico.
Durante o encontro, o vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, esclareceu que, nessa questão, o Conselho se posiciona em defesa da residência de qualidade, além de um serviço de cirurgia vascular que valorize a formação médica e científica.
O residente Carlos Henrique Levinho enfatizou que a motivação do grupo é retomar a qualidade do programa, reconhecido como um dos melhores na especialização em cirurgia vascular. “Nosso interesse é apenas aprender em um ambiente saudável, com bom relacionamento entre residentes, chefes e staff. O mais importante nós temos, a infraestrutura e a presença de ótimos profissionais”, afirmou o residente.
O diretor do CREMERJ Carlos Enaldo de Araújo pontuou que, embora o CREMERJ já estivesse acompanhando o caso, essa primeira reunião com os residentes foi fundamental para esclarecer a situação. “Nosso próximo passo é convocar uma reunião com a direção do hospital”, declarou.
Em sua fala, o diretor da Associação de Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro (Amererj) João Felipe Zanconato pontuou que a situação transpassa o problema com a residência. “Trazer essa discussão para o CREMERJ é eficaz para que outros pontos sejam apurados, e não só o que trata da residência médica”, completou.
Em sua participação, o diretor do Conselho Serafim Borges reforçou que a entidade tem um histórico de luta em prol da residência médica em todas as especialidades e destacou que o serviço de cirurgia vascular é diferenciado pela vertente social nas grandes cidades, devido ao grande número de lesões vasculares provocadas pela violência urbana. “São casos que chegam com frequência aos nossos hospitais públicos. O paciente precisa ter atendimento. O Conselho cobra e não abre mão disso”, acrescentou.
Também estiveram presentes os conselheiros do CREMERJ Armindo Fernando da Costa, Erika Reis e Marília de Abreu e os residentes Felippe Fonseca, Bernardo de Souza, Eduardo Marques da Silva, Luana do Carmo, Lucas Augusto Barbosa, Nathalia Elino e Vinicius Capacia.