fonte: O Globo

Em visita oficial ao Parque Olímpico, na manhã desta segunda-feira, o prefeito Eduardo Paes comentou a falta de atenção da médica que atendeu seu filho Bernardo, de 11 anos, no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na noite do último domingo, conforme publicou em sua coluna no jornal “Extra” a jornalista Berenice Seara. O menino caiu quando disputava um jogo de hóquei. Funcionários do hospital teriam dito que a médica que atendeu Bernardo foi demitida, mas Paes negou:

– Eu não pedi a demissão de ninguém. O que eu disse para aquela médica é que ela tinha que ter uma postura de mais atenção. Ela não dá atenção para os pacientes, e isso eu não vou aceitar na minha rede. Eu não sei se ela foi demitida, o que eu soube é que ela se demitiu. Eu vou reclamar como cidadão e como patrão. Eu fui como cidadão levar o meu filho. As pessoa diziam “prefeito, tem um monte de médico aqui e eles ficam só olhando para gente e não atendem”.

O prefeito, que já foi “bem atendido” no hospital municipal Miguel Couto várias vezes – quando quebrou o cotovelo, a bacia e o pé -, afirmou que, enquanto esperava atendimento para Bernardo, ele conversou com outros pacientes, que também reclamaram do atendimento médico:

– Eu fui ontem (domingo) ao Lourenço Jorge porque eu tive um caso de emergência com o meu filho, e eu levo no hospital público que, aliás, o atendimento é muito melhor. Eu sugiro que as pessoas façam isso sempre. Lá eu fiquei conversando com os pacientes. Não faltava médico, não faltava estrutura, tudo bem organizado, meu filho foi muito bem atendido, tem uma coisa de procedimento, de postura, de atenção com as pessoas. É óbvio que o prefeito recebe toda atenção do mundo, mas eles têm que atender as pessoas sempre bem.

Paes disse que entrou em contato com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e pediu uma atenção especial ao Lourenço Jorge:

– Quero melhorar esse acolhimento. Não aceito desculpa para as unidades não funcionarem de maneira adequada. Vou cobrar como prefeito e como cidadão que o atendimento seja adequado sempre – disse Paes, que, no entanto, elogiou a agilidade no atendimento. – Cheguei sem ligar pra ninguém, me identifiquei, esperei na fila. O meu filho foi bem atendido, fez os exames necessários. A emergência do hospital particular para onde minha mulher tinha levado ele antes estava muito mais cheia do que a do Lourenço Jorge. O tempo de espera seria muito maior.