fonte: Extra

O livro de ocorrências do Hospital Lourenço Jorge apresentou detalhes diferentes aos apresentados pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) sobre o atendimento de seu filho na unidade, no último domingo. De acordo com o documento, Paes foi “grosso” e “começou a gritar de forma ríspida” enquanto seu filho era atendido. Além disso, Paes ameaçou a médica que o atendeu.

“(Paes) Disse que a médica não sabe fazer o atendimento, e que ele agora não estava falando como cidadão, e sim como prefeito, seu patrão e a demitiu. A mesma ficou sem graça e constrangida. A médica em questão, que exerce e exerceu seu papel de execelente médica. Para finalizar, disse o prefeito: “Não irá trabalhar em nenhuma unidade mais do município do Rio de Janeiro”.”, constava no livro.

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O EXTRA também recebeu relatos de pessoas que estavam no local que apontam a ordem de “demissão” feita por Paes, além do “uso de sua autoridade” para ser atendido.

O caso aconteceu no último domingo. O filho de Paes sofreu uma queda em jogo de hóquei e foi levado ao hospital pelo pai. Ao chegar ao local, o prefeito não gostou da forma como foi atendimento e convocou uma reunião com o secretário de saúde.

Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Médicos informou que a médica que atendeu Eduardo Paes estaria “traumatizada” com a situação. O Sindicato promete apresentar uma denúncia de assédio moral, contra o prefeito, ao Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ).

— Ele gritou só porque ela pediu uma identidade, o que é procedimento de praxe. Isso é inaceitável. Ele deveria dar o exemplo, mas errou ao pensar que deveria gozar de privilégios. Vamos apresentar a petição amanhã porque entendemos que houve indícios de assédio moral — disse o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze.