fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou na quinta-feira (26) nota pública onde exige dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) a tomada urgente de providências para acabar com o sucateamento da rede pública de saúde em todas as instâncias. Segundo a entidade, a situação tem dificultado o acesso ao atendimento e impedido o exercício pleno da medicina em benefício de pacientes e seus familiares.
O posicionamento aconteceu após a morte da bebê Emily Vitória, de apenas 3 meses, ocorrida nessa quarta-feira (25), no Rio de Janeiro. Há três semanas, ela chegou com quadro de bronquiolite ao Hospital Salgado Filho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. As instalações precárias no quarto onde ficou internada, com paredes mofadas, podem ter piorado seu quadro de saúde. A família obteve liminar na justiça ordenando a transferência da bebê para o Hospital Municipal Jesus, no Maracanã, também na capital. No entanto, o quadro se agravou e a criança morreu.
“É um lamentável exemplo da crise a qual a população, em especial os mais pobres vulneráveis, está exposta (…) Esse caso demonstra o quanto o Brasil precisa urgentemente de mais investimentos e de melhor gestão nos serviços do SUS para que tragédias evitáveis, como essa, não voltem a se repetir. Vidas estão sendo perdidas em consequência de medidas equivocadas dos diferentes níveis de Governo, que têm pecado pela omissão”, diz trecho da nota sobre esse caso.
No documento, a SBP manifestou repúdio a essa situação específica ocorrida no Rio de Janeiro e reitera a necessidade de tomadas de medidas por parte do Ministério da Saúde, do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal, cada instância assumindo seu papel e sua responsabilidade, para solucionar a crise instalada e que a instituição continuará a atuar de modo firme em defesa dos interesses da Infância e da Adolescência no País.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA
Preocupada com a assistência oferecida às crianças e aos adolescentes no País, a
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vem a público exigir dos gestores do
Sistema Único de Saúde (SUS) – em todas as instâncias de gestão – a tomada
urgente de providências para acabar com o sucateamento da rede pública, o
que tem dificultado o acesso ao atendimento e impedido o exercício pleno da
medicina em benefício de pacientes e seus familiares.
A morte da bebê Emiliy Vitória, de apenas 3 meses, ocorrida na quarta-feira
(25), é um lamentável exemplo da crise a qual a população, em especial os mais
pobres vulneráveis, está exposta.
Há três semanas, ela chegou com quadro de bronquiolite ao Hospital Salgado
Filho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. As instalações precárias no quarto onde
ficou internada, com paredes mofadas, podem ter piorado seu quadro de saúde.
A família obteve liminar na justiça ordenando a transferência da bebê para o
Hospital Municipal Jesus, no Maracanã, também na capital. No entanto, o
quadro se agravou e a criança morreu.
Esse caso demonstra o quanto o Brasil precisa urgentemente de mais
investimentos e de melhor gestão nos serviços do SUS para que tragédias
evitáveis, como essa, não voltem a se repetir. Vidas estão sendo perdidas em
consequência de medidas equivocadas dos diferentes níveis de Governo, que
têm pecado pela omissão.
Assim, a SBP – bem como todos os pediatras e médicos brasileiros – manifestam
seu repúdio a essa situação, inclusive às péssimas condições do Hospital
Salgado Filho, e reiteram a necessidade de tomadas de medidas por parte do
Ministério da Saúde, do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal, cada
instância assumindo seu papel e sua responsabilidade, para solucionar a crise
instalada.
Solidária aos pais e familiares dessa criança nesse momento, a SBP assegura aos
profissionais e à população que continuará a atuar de modo firme em defesa
dos interesses da Infância e da Adolescência no País.
Rio de Janeiro, 26 de julho de 2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP)