fonte: CIPE

O mutirão da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE) para atendimento cirúrgico ambulatorial a crianças e adolescentes em todo o país teve importante adesão. Só para citar alguns exemplos, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília realizaram cerca de 70 cirurgias de baixa complexidade, com rápida alta hospitalar. Nacionalmente foram assistidos 558 pacientes, em 27 serviços, sendo efetuadas cerca de 600 operações.

O Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto (HCM) foi palco da solenidade de abertura do Mutirão. Com a presença do dr. José Roberto Baratella, estiveram presentes autoridades como os drs. Dulcimar Donizetti, diretor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, o deputado federal Eleuses Paiva (PSD) e Adriana Monteiro, representante da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, entre outros nomes.

“Nesta quarta participação de nosso serviço, realizamos 25 cirurgias. Contamos com mais de 35 profissionais que atuaram em quatro salas simultaneamente. À oportunidade, realizamos o 1º Encontro de Ex-Residentes de Cirurgia Pediátrica, uma confraternização para reunir colegas que hoje atuam em cidades como Piracicaba, Mogi das Cruzes e Dourados (MS)”, conta dr. Paulo Nakaoski, chefe do serviço de cirurgia pediátrica do HCM.

“Atingimos a expectativa de realizar, mais uma vez, um trabalho sério e de utilidade à população com o atendimento às crianças e adolescentes. Contamos com uma importante adesão de 27 serviços por todo o país, e a boa repercussão na mídia contribuiu para que o mutirão fosse bem sucedido”, destaca dr. José Roberto de Souza Baratella, presidente da CIPE.

De fato, a iniciativa teve interessante visibilidade em veículos regionais e nacionais, como rádios CBN e Globo, Portal G1, jornais A Tarde (BA), Correio do Estado (ES), Tribuna do Norte (RN) e Bem Paraná (PR), além de virar notícia nas emissoras de televisão Globo, SBT, Record e Bandeirantes de todo o país. A ampla divulgação deu abrangência ao serviço à comunidade, o que foi fundamental para a redução nas filas de espera para cirurgias de crianças e adolescentes.

Giro pelos Estados

Em sua segunda participação, a capital de Mato Grosso realizou 23 cirurgias. A sede foi a Santa Casa de Cuiabá, que disponibilizou cinco salas para atendimentos simultâneos, entre 7h30 e 11h30 do sábado, 10 de maio, reunindo sete cirurgiões, cinco anestesistas, quatro residentes em anestesiologia e quatro alunos da Liga Acadêmica de Cirurgia Pediátrica.

“Foi um sucesso, tudo correu tranquilamente, não houve quaisquer intercorrências nas crianças. Nossa expectativa é repetir a dose em 2015 e aumentar o número de atendimentos”, comenta dr. Augusto Aurélio de Carvalho, presidente da Regional CIPE de Mato Grosso.

Vencendo imprevistos

A média de cirurgias realizadas no Hospital da Criança Conceição, em Porto Alegre, é de 300 mensais, com espera máxima de seis meses. O serviço, que participa assiduamente do Mutirão, dispôs de cinco cirurgiões, um anestesista, além da equipe de enfermagem.

Apesar de um imprevisto no centro cirúrgico, foi possível realizar oito cirurgias. “Não haverá prejuízo às crianças não atendidas, elas serão remarcadas para os próximos dias e terão atendimento normal. Tivemos a oportunidade de divulgar a especialidade com uma ação de extrema relevância, possibilitando o congraçamento dos especialistas”, avalia o dr. João Vicente Bassols, vice-presidente da CIPE.

Estreia bem sucedida

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, participou pela primeira vez do Mutirão, que aconteceu das 7h às 12h. Cinco salas foram liberadas para a realização dos atendimentos, que resultaram em 16 cirurgias executadas por cinco cirurgiões pediátricos, três residentes, quatro anestesistas, oito técnicos de enfermagem e um enfermeiro padrão.

“Contamos com a excelente estrutura do hospital, que resultou em uma ação bem organizada e com frutos positivos. Não houve qualquer intercorrência e as mães ficaram muito satisfeitas com os resultados de qualidade e a prontidão no atendimento cirúrgico”, comemora dra. Helena de Lima Chaves Castro, chefe da residência em cirurgia pediátrica do Hospital Regional.

Presença materna

Já em sua quarta participação, o Hospital Estadual de Botucatu, nesta edição, atendeu no dia 10 exclusivamente pacientes para o Mutirão. As equipes se distribuíram em três salas, cada qual com um residente, um cirurgião e professor de residência médica, um anestesista e uma enfermeira.

“Este ano tivemos uma novidade: permitimos a presença das mães nas salas de pré e pós-operatório, para que ficassem com suas crianças o máximo de tempo possível, deixando-as mais tranqüilas e confortáveis para o procedimento. Todas receberam alta hospitalar no mesmo dia”, destaca dra. Erika Paiva Ortolan, professora livre-docente e chefe da disciplina de cirurgia pediátrica da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP).

REPERCUSSÃO MAGNÍFICA

“O Mutirão reduziu em 10% as filas de espera em nosso serviço. É uma iniciativa indispensável e oferece atenção às cirurgias de baixa complexidade”
Carlos Emanuel Rocha de Melo, superintendente do Hospital Martagão Gesteira – Salvador (BA)

“O Mutirão é um incentivo para o aumento de procedimentos deste porte. Nossa proposta foi atender da melhor maneira possível. Pude participar de 12 intervenções neste dia, como hérnia, fimose e tumor no antebraço”
Luciano Martins Carvalho, cirurgião pediátrico do Hospital Municipal Esaú Matos – Vitória da Conquista (BA)

“É o terceiro mutirão que realizamos na cidade. Havia muitas queixas devido à demora na realização dos procedimentos. Com o sucesso da ação, o secretário municipal da Saúde, Marcelo Barreto Otero, se comprometeu a realizar outro Mutirão em breve, em parceria com a CIPE”
José Raimundo Bahia Sapucaia, cirurgião pediátrico do Hospital Octávio Pedreira – Santo Amaro da Purificação (BA)

“Apesar das críticas contra a saúde pública, o Mutirão demonstrou a união da equipe multidisciplinar, compromissada em prestar o melhor atendimento possível às crianças”
Roselle Bugarin Steenhouwer, cirurgiã pediátrica do Hospital Materno Infantil Brasília (HMIB) – Brasília (DF)

“Contamos com uma equipe engajada e foi notável a satisfação pessoal com a boa recuperação das crianças. É emocionante saber que elas puderam ficar em casa no Dia das Mães, com suas famílias, e comemorar a resolutividade de seu problema”
Manoel Eduardo Amoras Gonçalves, cirurgião pediátrico da Santa Casa de Misericórdia – Belém (PA)

“Há uma demanda reprimida no Estado de Pernambuco e o Mutirão demonstrou essa necessidade claramente. Nós atendemos 75 crianças e, três dias depois, já agendamos 10 procedimentos”
Luciana Santana Lima, chefe do serviço de cirurgia pediátrica do Instituto Materno-Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP) – Recife (PE)

“O Hospital Regional é bem estruturado, embora sua localização seja na região da Amazônia, atende 15 municípios vizinhos. O mutirão cumpriu muito bem seus dois objetivos, o de chamar atenção do governo para a iniciativa e saciar parte da demanda por procedimentos ambulatoriais”
Ugo Bicego Queiroz, cirurgião pediátrico do Hospital Regional Público do Araguaia (HRPA) – Redenção (PA)

“Foi um êxito para o nosso serviço, tivemos cinco salas disponíveis e atendemos 19 crianças. É sempre recompensador participar de uma ação tão louvável”
Geraldo Marcos Faria, coordenador do Mutirão no Hospital Regional Rosa Pedrossian – Campo Grande (MS)

“Sabemos que é um trabalho árduo e não conseguiremos reduzir totalmente a fila de espera para os procedimentos, mas o Mutirão tem a capacidade de aliviar a demanda. Nosso serviço atendeu 17 crianças, resultando em uma ação bem sucedida”
Maria Aparecida Siqueira de Andrade, cirurgiã pediátrica do Hospital Federal Cardoso Fontes – Rio de Janeiro (RJ)

“O Mutirão é uma iniciativa que rende frutos positivos. Em nosso serviço, operamos 12 crianças sem quaisquer intercorrências. A expectativa é que a cada participação, possamos, cada vez mais, contribuir com a CIPE”
Elio Fernandes Campos Filho, cirurgião pediátrico do Hospital Regional Darcy Vargas – Rio Bonito (RJ)

“Tudo correu com tranqüilidade; pudemos atender 12 crianças e contribuímos da melhor forma possível. É uma oportunidade de chamar a atenção para a importância da cirurgia pediátrica como especialidade e, com isso, realizar ainda mais procedimentos”
Paulo Barroso Tavares, coordenador da Disciplina de Cirurgia Pediátrica do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE – UERJ) – Rio de Janeiro (RJ)

“Todos festejamos o sucesso da empreitada. Tivemos 46 crianças operadas, contando com duas equipes. Nos próximos eventos, esperamos contar com mais uma equipe. Dessa forma, poderemos ampliar a nossa marca de atendimentos”
Sérgio Pacheco Ferreira de Melo, cirurgião pediátrico do Hospital Infantil Varela Santiago – Natal (RN)

“Sem dúvida, correspondemos à nossa expectativa no Mutirão. Não houve qualquer intercorrência e conseguimos antecipar pacientes que estavam na fila de espera. Com a ação, divulgamos ainda mais a especialidade, colocando-a em evidência”
Manoel Carlos Prieto Velhote, cirurgião pediátrico do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HCFMUSP)

“Somos o único serviço da região norte que participa do Mutirão, e toda a equipe multidisciplinar se envolveu com muita dedicação, acolhendo e orientando pais e pacientes. Havia crianças já há quatro anos na espera que puderam realizar suas cirurgias. As mães consideraram como seu melhor presente de Dia das Mães”
Lúcia Caetano Pereira, cirurgiã pediátrica do Hospital Infantil Público de Palmas (TO)