fonte: O Globo

Grande parte dos cerca de 5,6 mil médicos da Unimed está temerosa, não apenas com a possibilidade de ter que desembolsar recursos para arcar com o rombo da operadora, mas com o impacto no faturamento, se a crise da operadora se agravar.

– A Unimed representa cerca de 60% a 70% do faturamento de seus médicos. Em alguns casos, a operadora representa 80% do faturamento. Isso é muito complicado. Estamos ouvindo propostas para que cada médico arque com até R$ 100 mil. Isso é muito. Outras propostas falam em reter 20% do que os médicos recebem do plano. É um percentual alto – disse um médico cooperado que pediu para não ser identificado.

O médico, que não fez parte de nenhumas das duas chapas que disputaram a eleição da operadora, afirma que o problema da Unimed é dos próprios médicos.

– A classe simplesmente não participava, não se envolvia. Muitos médicos estavam felizes com os grandes números, mas não participavam da Unimed. E alguns destes números trazem problemas, como a compra da carteira de 160 mil clientes da Golden Cross. São pessoas que precisam de atendimento em todo o país e, a maior parte, mais velhas – disse ele.

O médico afirmou ainda que nada justificava o patrocínio que a empresa dava ao Fluminense, com valor estimado entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões por ano.